Por Mauricio Leiro
Foto: Manu Dias/GOVBA
O rompimento do PP com o grupo político liderado pelo PT tem gerado retaliações de lado a lado. Fontes internas ligadas ao Progressistas no estado revelaram ao Bahia Notícias que todos os 92 prefeitos da legenda foram procurados por interlocutores petistas - o número pode ser ligeiramente maior, porém a listagem atualizada de prefeituras sob o comando da sigla não está disponível.
A aparição de quatro prefeitos vinculados ao PP pode ter sido apenas o início da ação do PT sob a base de prefeituras do antigo aliado (veja mais). No primeiro evento após o rompimento, quando aconteceu o anúncio de pavimentação da estrada entre Almadina e Floresta Azul, a construção de nova escola e nova delegacia na cidade, estiveram presentes: Juraci, prefeito de Barro Preto; Jadson Albano, de Coaraci; Dr. Marival, de Nova Canaã e Paulo Rios, prefeito de Itororó.
A perspectiva petista pode ser bastante ousada. Segundo fontes internas do partido, a ideia seria atrair 60, das 92 prefeituras vinculadas ao partido do vice-governador João Leão. Além deles, a ideia também é contar com o apoio de outros três deputados estaduais do PP. Apesar disso, a movimentação pode ter sido contida, já que a legenda migrou para a oposição ao governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) (reveja aqui).
Mesmo com os primeiros sinais de perdas sendo dados, o partido não começou a contabilizar os dissidentes. Segundo uma das fontes internas ligadas ao PP, o partido segue em processo de estabilização após a migração da base de apoio e confia na manutenção de boa parte das prefeituras e dos deputados estaduais. Atualmente somente Jurandy Oliveira (PP) deve se manter na base governista.
TAMANHO DO PP NA BAHIA
O impacto na perda de prefeituras pode ser refletido nas urnas. O PP tem o segundo maior percentual de prefeituras na Bahia com 92 chefes de executivos, dos 417 municípios baianos. A sigla fica atrás apenas do PSD do senador Otto Alencar, que saiu vitorioso em 102 municípios.