NATO reforça flanco leste com mais grupos de combate no terreno


A NATO vai reforçar o flanco leste da Aliança

Atlântica com quatro novos grupos de combate na Roménia, Eslováquia, Hungria e Bulgária.
O secretário-geral da NATO confirmou no final da cimeira de hoje - em conferência de imprensa - que cada um destes grupos contará com cerca de mil a 1500 militares estacionados de forma permanente nestes países.
Na prática, os novos grupos juntam-se aos já existentes mais a norte, na Polónia e nos Estados Bálticos: Estónia, Letónia e Lituânia.
No final do encontro, que contou com a presença do presidente dos EUA, Jens Stoltenberg também anunciou o envio de mais ajuda para a Ucrânia, em matéria de cibersegurança, militar e para o país poder fazer frentea eventuais ataques da Rússia com armas químicas, biológicas ou nucleares.
"Qualquer uso de armas químicas mudará totalmente a natureza do conflito. Será uma violação flagrante da lei internacional e terá vastas consequências, extremamente perigosas. Afetaria as pessoas na Ucrânia, mas há também o risco de ter um efeito direto sobre as pessoas que vivem nos países da NATO", sublinhou o secretário-geral da NATO.
Jens Stoltenberg reforçou, igualmente, a condenação da invasão russa, iniciada há um mês, na Ucrânia, à semelhança do que disse o presidente dos EUA.
Joe Biden reiterou o apoio à Ucrânia e a determinação em responsabilizar a Rússia pela guerra, a par do reforço da capacidade e da força de defesa da Aliança.
O presidente ucraniano participou no encontro por videoconferência. Volodymyr Zelenskyy pediu mais recursos para combater os russos: 1% dos aviões e dos tanques da NATO.
Também acusou Moscovo de usar bombas de fósforo contra a população civil ucraniana.
"Não são os vossos mísseis, não são as vossas bombas que estão a destruir as nossas cidades. Esta manhã, a propósito, caíram bombas de fósforo. (...) Adultos e crianças foram mortos novamente. Só quero que entendam: a Aliança Atlântica ainda pode impedir a morte de ucranianos por ataques russos, pela ocupação russa, dando-nos todas as armas de que precisamos", insistiu o presidente da Ucrânia.
À China, a Aliança Atlântica pediu alinhamento e que Pequim se aparte de apoiar "o esforço de guerra da Rússia".
"Pequim não deve fornecer apoio económico e militar à Rússia. Em vez disso, deverá usar a sua influência sobre a Rússia e promover uma resolução pacífica e imediata", disse o secretário-geral da NATO.
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