Palmeiras reage, goleia o São Paulo e conquista o Campeonato Paulista

Vitória de 4 a 0 no Allianz Parque dá o título ao Verdão após derrota por 3 a 1 no Morumbi

Palmeiras x São Paulo (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)

Virada e título

“O Palmeiras é o time da virada”, cantou a torcida alviverde nos dias que antecederam a segunda partida da final do Campeonato Paulista. E os jogadores escutaram. Após derrota por 3 a 1 no Morumbi, o Verdão reagiu, goleou o São Paulo por 4 a 0 na tarde deste domingo, no Allianz Parque, e conquistou o título estadual. Danilo e Zé Rafael abriram o placar no primeiro tempo. Raphael Veiga, com dois gols, fechou o placar na etapa final. Rafinha, do São Paulo, foi expulso quase no fim de um jogo desastroso para os tricolores.

Os caras do jogo

Dudu atormentou, Raphael Veiga decidiu. A dupla confirmou aquilo que o torcedor do Palmeiras está cansado de saber: ela comanda a inteligência ofensiva do time. O camisa 7 infernizou a marcação, desnorteou o lado esquerdo da defesa são-paulina, fez uma jogadaça no terceiro gol. E Raphael Veiga, como de costume, foi determinante. Ele marcou o terceiro e o quarto gols do Palmeiras, assegurando o placar necessário para a virada – e, consequentemente, o título.

VAR I

O jogo teve a primeira polêmica já aos sete minutos. Chute de Danilo, do Palmeiras, encontrou o braço de Eder, do São Paulo, dentro da área. O árbitro Raphael Claus foi ao monitor do VAR e não deu pênalti – decisão que teve a concordância de Sandro Meira Ricci, comentarista da Central do Apito. Chamou a atenção o fato de o lance ser parecido com o do pênalti marcado a favor do Tricolor na primeira final, em toque de Marcos Rocha.

VAR II

Logo depois do segundo gol do Palmeiras, marcado por Zé Rafael, Raphael Claus foi ao monitor analisar uma disputa entre Danilo e Calleri – que pode ser interpretada como a origem do ataque que resultou no gol. O árbitro, porém, manteve a decisão de campo. Para Sandro Meira Ricci, foi um erro: houve falta, e o lance deveria ter sido anulado.

Primeiro tempo

Durou 27 minutos a vantagem que o São Paulo construiu no primeiro tempo. O Palmeiras entrou em campo muito ligado, tomou conta da partida, prensou o adversário no campo de defesa e, com menos de meia hora de partida, já vencia por 2 a 0. O primeiro gol foi aos 21 minutos. Gustavo Scarpa bateu escanteio curto para Marcos Rocha, recebeu de volta e mandou na área. Danilo cabeceou e abriu o placar. Seis minutos depois, Zé Rafael pegou sobra de bola afastada pela zaga e mandou uma pancada para fazer 2 a 0 (em lance revisado no VAR por disputa entre Danilo e Calleri na origem da jogada). Antes dos gols, o Palmeiras poderia ter aberto o placar em um possível lance de pênalti revisado pelo VAR (Raphael Claus, porém, não viu irregularidade no toque de Eder) e em finalizações sequenciais de Scarpa, Danilo e Piquerez – cortadas ou por Jandrei, ou pela zaga. O São Paulo, antes e depois dos gols, se mostrou tímido, construiu muito pouco. Teve um cabeceio de Diego, uma tentativa de voleio de Calleri, mas nada muito além disso. O Palmeiras, nos minutos finais, ainda teve chances de fazer o terceiro – inclusive em uma cobrança de escanteio de Scarpa que quase resultou em gol olímpico.

Segundo tempo

O São Paulo voltou para o segundo tempo com o zagueiro Arboleda no lugar do lateral-esquerdo Welington – e Léo passando para o lado. Era uma tentativa de proteger o setor por onde o Palmeiras passeou no primeiro tempo. Mas a estratégia foi desmontada por Dudu. O atacante se livrou de Léo com um toque de calcanhar, recebeu de volta, deixou Diego Costa para trás e mandou na área. Raphael Veiga, livre da marcação de Pablo Maia, se jogou na bola de carrinho e desviou para o gol: 3 a 0. O placar dava o título ao Palmeiras e obrigava o São Paulo a reagir. Rogério Ceni tirou Eder, mal na partida, e colocou Luciano. A tentativa tricolor de se tornar mais ofensivo rendeu também mais espaços para o Verdão. Mas, aos poucos, os visitantes foram equilibrando o jogo. Alisson tentou duas vezes, em ambas para fora. Calleri, aos 30, pegou sobra de escanteio e mandou chute muito perigoso. Parecia uma reação. Mas só parecia. Aos 35 minutos, Zé Rafael desarmou saída de bola do São Paulo e tocou para Gabriel Veron, que acionou Veiga. O meia dominou e, com enorme tranquilidade, deslocou Jandrei e fechou o placar: 4 a 0, goleada e título para o Palmeiras.

Cinco taças para Abel

Duas Libertadores da América, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana. E agora um Campeonato Paulista. A virada no segundo jogo da final representou mais uma façanha para o português, que teve até mosaico da torcida, em um sinal de sua identificação com os palmeirenses. Foi a primeira conquista desde que Abel teve seu contrato renovado até o fim de 2024.
Logo depois do segundo gol do Palmeiras, marcado por Zé Rafael, Raphael Claus foi ao monitor analisar uma disputa entre Danilo e Calleri – que pode ser interpretada como a origem do ataque que resultou no gol. O árbitro, porém, manteve a decisão de campo. Para Sandro Meira Ricci, foi um erro: houve falta, e o lance deveria ter sido anulado.
Atuações do Palmeiras
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