Candidatura de Doria é inviável e estou do lado de Lula, diz Aloysio Nunes




O ex-senador e ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) afirmou em entrevista à CNN nesta sexta-feira (13) que as eleições de 2022 já estão definidas entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Membro histórico do PSDB, Nunes declarou apoio ao petista.

“Este é o dilema: o Brasil vai ter mais quatro anos de Bolsonaro com tudo isso que representa de tensão permanente sobre as instituições? De negacionismo? De turbulência? Ou vamos ter outro caminho, o caminho que se coloca hoje no principal candidato da oposição, que é o ex-presidente Lula, que já conhecemos?”, questionou.

Segundo Nunes, o petista já foi presidente duas vezes e “jamais ameaçou a democracia”. “Ele tem lá o programa que expressou em recente discurso. Eu concordo com muitas coisas, com algumas eu tenho restrições, mas é alguém que representa a civilização contra a barbárie. Eu não tenho nenhuma hesitação”, afirmou.




Além de se declarar como eleitor de Lula para a Presidência, ele afirmou que irá votar no governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, e no senador José Serra (PSDB) para o cargo de deputado federal.

Sobre uma possível candidatura do PSDB, o ex-senador criticou a proposta que vem sendo discutida por seu partido em reuniões com o MDB e o Cidadania para definir uma candidatura única com base em pesquisas quantitativas e qualitativas. O ex-governador paulista João Doria, pelo PSDB, e a senadora Simone Tebet, do MDB, são atualmente pré-candidatos à Presidência da República.

Ele classificou a ideia de “terceirizar a decisão nas mãos de um pesquisador” como uma “falência” da direção política do PSDB. Nunes disse que Doria tem muitas qualidades, mas não o carisma necessário para servir como uma opção a Lula ou a Bolsonaro.

“Precisaria de uma tropa política muito numerosa para levar adiante uma candidatura que tivesse perspectiva de êxito. Daí esse movimento de buscar uma conjugação de vários partidos: União Brasil, MDB, Cidadania e PSDB. Esse movimento não deu certo, fracassou.
Diante disso, considero que a candidatura de Doria não é viável. As pesquisas mostram isso”, disse.
CNN
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