O número de casos de dengue confirmados em Itabuna, sul da Bahia, dobrou entre abril e maio deste ano. Com 860 casos confirmados até a terça-feira (10), a Secretaria de Saúde do município confirma uma epidemia da doença na cidade.
Até 8 de abril, o número de notificações de pessoas com sintomas de dengue era de 440 casos. No mesmo período, a prefeitura emitiu um alerta vermelho por conta do aumento de casos da doença, além da zika e chikungunya, provocados pelo mosquito Aedes Aegypti.
De acordo com dados do boletim epidemiológico de terça-feira, ao todo são 1469 casos notificados para dengue, com 860 confirmações. A cidade ainda tem 100 casos de chikungunya e 9 casos de zika confirmados.
Ainda segundo o balanço, cinco UPAs do município registraram aumento de atendimento nos últimos dias: as unidades José Maria de Magalhães, Manoel Leão, Nilton Ramos, Lourdes Alves e Amalia Lessa.Foto: Reprodução
Já em relação aos índices de infestação por bairros, seis localidades tem as maiores porcentagens para dengue: Novo Horizonte (18,60%), Maria Pinheiro (16,24%), Novo São Caetano (15,79%), Nova Califórnia (10,35%), Corbiniano Freire (13,20%) e Daniel Gomes (13,41%),
No período de janeiro e junho de 2021, o município registrou 203 casos confirmados para a doença. Após, essas estatísticas, o número de casos caiu. Em fevereiro deste ano, o mosquito não apresentava risco para o município, já que o registro foi de apenas 36 casos da doença. Mas, nos meses seguintes os números indicaram um aumento de mais de 300% entre 2021 e 2022.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (SESAB), em último boletim divulgado em abril, 17 municípios do estado apresentam altíssimo risco para surtos e epidemias. Não foram informados os nomes das cidades.
Prefeitura realiza mutirões para conter doença
Diante do aumento de casos de dengue no município, a Prefeitura de Itabuna tem realizado mutirões para frear o crescimento.
Na manhã da última segunda-feira (9), um mutirão de combate à dengue, zika e chinkungunya foi realizado nos bairros de Santo Antônio, Pontalzinho e Novo Horizonte, sendo este último a região com maior índice de infestação da doença na cidade.
Foram recolhidos materiais inservíveis acumulados em quintais e terrenos baldios, ambientes considerados propícios à proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
Um Ecoponto também foi montado na cidade para receber pneus descartados de forma irregular. O material é um dos focos da doença.
A diretora da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Maristella Antunes, explica que agentes de combate às endemias trabalham em três turnos. São realizadas pulverização de inseticidas nas áreas mais afetadas, com bombas motorizadas para a aplicação do produto.