Estudante da Ucsal denuncia assédio em banheiro da universidade

Uma estudante do curso de Biomedicina da Universidade Católica do Salvador (Ucsal), que preferiu não ser identificada, denunciou ter sido filmada enquanto usava o banheiro feminino da instituição de ensino, no campus do bairro de Pituaçu, em Salvador. O episódio ocorreu na semana passada e veio à tona após ela e os advogados decidirem procurar a imprensa.
Em conversa com o bahia.ba, advogada da estudante, Aline Moscovits, explicou o ocorrido. “Ela foi ao banheiro pela manhã, assim chegou na faculdade. Em um momento, percebeu que tinha alguém olhando pelo basculante do banheiro. Ela se escondeu, mas relatou que a pessoa teria tido tempo tempo suficiente de tirar foto ou vídeo. A estudante comentou ainda que conseguiu trocar olhares com o suspeito, mas não conseguiu identificar quem era”, explicou advogada.
Ainda de acordo com Aline, a estudante chegou a relatar o fato a um funcionário da unidade que questionou a veracidade da denúncia. “O tempo todo essa pessoa questionava se era verdade, se ela tinha certeza que tinha alguém, como ela sabia que era alguém que estava a olhando. Ou seja, descreditando a versão dela”, pontuou.
Através da advogada, a estudante contou ainda que uma situação semelhante teria acontecido com uma colega, do curso de Direito. No entanto, essa outra menina, teria relatado o fato a coordenação da própria universidade e tratou de forma interna, sem levar o caso a público.

Posicionamento da Ucsal

Procurada pelo bahia.ba, Universidade Católica do Salvador disse que só tinha tomado conhecimento da denúncia da aluna do curso de Direito e que já está prestando acolhimento. Quanto a estudante do curso de Biomedicina, a Ucsal informou que irá realizar uma reunião com a estudante e vai iniciar a apuração para tomar as medidas cabíveis.
“Lamentamos profundamente o ocorrido e estamos realizando os encaminhamentos de escuta e formalização do processo interno e administrativo”, diz a nota. A Ucsal informou ainda que iria vedar as janelas dos banheiros para evitar situações semelhantes.
O autor da suposta gravação ainda não foi identificado e também não há informações se o assédio das duas estudantes teria sido cometido por um mesmo suspeito.
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