Partidos veem risco de Bolsonaro tentar golpe eleitoral, e autoridades se calam

Por FolhaPress

Não é de hoje que o presidente flerta com o golpismo ou faz declarações contrárias à democracia


Foto: Reprodução/Agência Brasil

Géssica Brandino, João Gabril, Ranier Bragom e Renata Galf
São Paulo, SP

A maioria dos principais partidos de oposição e independentes afirma que os recentes ataques de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e a ministros das cortes superiores representam um comportamento golpista que precisa ser levado a sério.
A reportagem procurou nos últimos dias os chefes dos três Poderes, de tribunais superiores, do Ministério Público Federal e dos principais partidos políticos, além dos presidenciáveis e entidades representativas do empresariado e da sociedade civil.
Nenhuma das autoridades da República quis se manifestar sobre o assunto, entre elas os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, além do chefe do Ministério Público Federal, Augusto Aras.
Entre os principais partidos políticos e os presidenciáveis, os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann, União Brasil, Luciano Bivar (também presidenciável), PSDB, Bruno Araújo (que disse preferir o termo “ameaças ao Estado de Direito” a “golpe”), do MDB, Baleia Rossi, do PSB, Carlos Siqueira, e do PDT, Carlos Lupi, além dos pré-candidatos Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d’Avila (Novo) e Vera Lúcia (PSTU) classificaram as declarações e ações de Bolsonaro como um preocupante comportamento golpista.
Esses políticos concordam que o país deve se preocupar com a possibilidade de o presidente tentar um golpe eleitoral. Eles se dividem, entretanto, ao serem questionados se isso representa que as eleições estejam sob risco. Gleisi, Tebet, d’Ávila e Vera Lúcia dizem que sim, e os demais, que não. Leia mais...
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