Pequim fechou dezenas de estações de metrô e rotas de ônibus e estendeu as restrições à Covid-19 em muitos locais públicos nesta quarta-feira (4), concentrando esforços para evitar o destino de Xangai, onde milhões estão sob bloqueio rigoroso por mais de do que um mês.
A cidade central de Zhengzhou também anunciou restrições, juntando-se a dezenas de grandes centros populacionais sob alguma forma de bloqueio, enquanto a China procura eliminar um vírus que se acredita ter surgido pela primeira vez na cidade de Wuhan no final de 2019.
Mas essa batalha intransigente está prejudicando seu crescimento e as empresas internacionais investidas lá, mostram os dados, e também alimentou raras explosões públicas de descontentamento.
Com dezenas de novos casos por dia, Pequim espera que testes em massa encontrem e isolem o vírus antes que ele se espalhe. Doze dos 16 distritos da cidade realizaram a segunda de três rodadas de testes nesta semana.
A cidade de 22 milhões de habitantes fechou na quarta-feira mais de 60 estações de metrô, cerca de 15% da rede, e 158 rotas de ônibus, disseram prestadores de serviços, a maioria no distrito de Chaoyang, epicentro do surto.
Autoridades de Pequim também disseram que o fechamento de escolas, restaurantes, academias e locais de entretenimento — assim como algumas empresas e prédios residenciais — se estenderá além do feriado do Dia do Trabalho, de 30 de abril a 4 de maio, sem dar um prazo.
Os moradores foram incentivados a trabalhar em casa a partir de quinta-feira em vez de retornar aos escritórios sempre que possível.
Na noite de terça-feira, Zhengzhou, que abriga 12,6 milhões de pessoas e uma fábrica do fabricante de iPhones da Apple, Foxconn 2354.TW , anunciou o trabalho em casa e outras restrições do COVID para a próxima semana. A Foxconn disse na quarta-feira que estava continuando a produção lá.
CNN