Pré-campanha: João Roma se mandou do Republicanos para ser o candidato de Bolsonaro na Bahia




Ex-ministro da Cidadania, João Roma foi quem entrou mais tarde na corrida porque precisou resolver problemas políticos



João Roma (PL) demorou, mas chegou. Ele bem que tentou ser candidato pelo Republicanos, legenda onde esteve por quase uma década e permaneceu mesmo após o racha com ACM Neto (União Brasil) gerado ao aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser ministro. No finalzinho da janela partidária, ele se rendeu à queda de braço com o partido -que não abre mão de Neto na Bahia-, se desfiliou e foi rumo ao partido do presidente da República.

Nós desatados, é hora de trabalhar. E João Roma vem apostando forte em bater na imagem do PT ao mesmo tempo em que se vincula fortemente à imagem de Jair Bolsonaro. Ele é um dos protagonistas na disputa narrativa do 'quem faz o quê', 'quem fez o quê', 'quem deveria ter feito', travada contra o PT.





Em relação a ACM Neto, João Roma aposta em dizer que o ex-prefeito de Salvador não tem coragem de assumir posição e que, na verdade, joga dos dois lados. Sendo assim, em sua leitura, resta à sua candidatura o posto de uma oposição verdadeira contra o PT.

"Acho ridícula a tentativa de querer me aproximar do PT. Todos sabem que eu sou oposição verdadeira ao PT na Bahia e no Brasil. E que eu sou contrário ao retorno do ex-presidente Lula porque isso representa a decepção, o atraso e a vergonha de milhões de brasileiros. E queremos um Brasil que ande para frente", disse.


"Por outro lado, é óbvio que as eleições deste ano serão as mais acirradas da história do Brasil. E não é por vontade ou capricho de quem quer que seja que as eleições não terão conotação nacional. Aqui também teremos um alto grau de verticalização no estado", declarou o ex-ministro em evento realizado em Salvador.

Roma ainda tem algumas lacunas na montagem da sua chapa. Ele somente declarou apoio a Jair Bolsonaro. Além disso, tem como pré-candidata ao Senado da sua chapa a Drª Raissa, também conhecida como Drª Cloroquina, que foi secretária de saúde em Porto Seguro. Ou seja, ainda não há definições em relação à vice e respectiva suplência ao Senado.

No entanto, apoiado na forma em que Bolsonaro se elegeu no Brasil em 2018 (com menos tempo de TV e campanha tradicional bem aquém do feito normalmente), os conchavos políticos são uma das últimas prioridades de Roma, que corre contra o tempo para se mostrar como o candidato mais à direita e seduzir a população que não costuma votar em seu espectro político.
BN
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