SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Exército russo e as forças pró-Moscou lançaram uma ofensiva contra o complexo de Azovstal, último reduto de resistência ucraniana na cidade portuária de Mariupol, no sudeste do país. Nos últimos dias, civis foram retirados do local em razão de um cessar-fogo.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou o ataque. De acordo com a agência russa RIA, o porta-voz do ministério, Vadim Astafyev, indicou que as tropas ucranianas usaram o regime de silêncio em Azovstal para chegar a posições de tiro.
"Eles saíram dos porões, tomaram posições de tiro no território e nos prédios da usina", disse, complementando que o exército russo e as forças pró-Rússia "estão começando a destruir essas posições de tiro".
Citado pela imprensa ucraniana, o chefe do departamento de polícia de patrulha em Mariupol, Mykhailo Vershinin, disse que as forças russas "invadiram a usina em vários lugares". "Estamos defendendo, estamos contra-atacando."
O Regimento Azov, que também está em Azovstal com civis refugiados, disse que ao menos duas mulheres morreram em ataques durante a noite. "Apelamos à introdução urgente de um cessar-fogo e à evacuação contínua de cidadãos para áreas seguras controladas pela Ucrânia", disse o grupo em comunicado.
"Os russos estão tentando entrar no complexo, que foi bombardeado por aviões antes do assalto", disse o vice-comandante do Regimento Azov, Svyatoslav Palamar, citado pelo jornal online Ukrayinska Pravda.
Mais cedo, o prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko disse que ao menos 200 civis estão refugiadas na usina."Ainda há civis em Azovstal, em nossa fortaleza, que também está sendo destruída... e eles também estão esperando para serem evacuados." Segundo o prefeito, Azvostal está "sob ataque todos os dias".
Por sua localização, a cidade é considerada um ponto importante para o desejo russo de avançar pelo território ucraniano, permitindo uma ligação entre a Crimeia e as áreas separatistas pró-Rússia.