A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) voltou a criticar o governo federal pela alta dos combustíveis e às medidas anunciadas para tentar conter a escalada dos preços. Para a Abrava, o grande culpado pela atual situação do setor no Brasil é o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A avaliação dos profissionais é de que a aprovação, pelo Senado, da proposta federal que fixa em 17% o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos Estados é uma medida temporária e que pode não ter qualquer efeito sobre o preço praticado na bomba. A Abrava afirma ainda que o governo falhou ao não adotar medidas com efeito de longo prazo.
“O governo se acomodou e, por ironia do destino, o ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos neste ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de combustível”, afirmou a Abrava, ao portal Terra.
A Abrava criticou a atual política de preços da Petrobras, que se baseia na variação internacional do preço do petróleo para estipular sua tabela no Brasil. Por conta das seguidas altas nos valores dos combustíveis, os caminhoneiros já falam em entrar novamente em estado de greve.
“De uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, sem a garantia que o caminhoneiro autônomo tenha suas despesas de viagem integralmente ressarcidas, a categoria vai parar. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável e não demora muito”, afirmou a associação.