O presidente Joe Biden afirmou que os Estados Unidos devem fornecer à Ucrânia armamentos mais avançados, para que as tropas do país possam “atingir alvos-chave com mais precisão nos campos de batalha” contra a Rússia. A medida foi anunciada em artigo publicado nesta terça-feira (31) no site do jornal americano The New York Times.
“O objetivo dos EUA é simples: queremos ver a Ucrânia democrática, independente, soberana e próspera com meios de dissuasão e defesa contra novas agressões”, escreveu Biden. Durante os mais de três meses de conflito, Washington já enviou a Kiev mísseis antitanque e antiaéreo, equipamentos de artilharia, radares, sistemas de foguetes, drones, helicópteros e munição.
Embora tenha anunciado mais armamentos, o democrata voltou a dizer que os EUA não têm interesse em uma escalada do conflito. Biden afirmou também que Washington não tem a intenção de derrubar o presidente Vladimir Putin da Presidência da Rússia.
“Não buscamos uma guerra entre a Otan e a Rússia. Por mais que eu discorde de Putin e ache suas ações ultrajantes, os EUA não tentarão provocar sua deposição. Enquanto os EUA e nossos aliados não forem atacados, não estaremos diretamente envolvidos no conflito, enviando soldados americanos para lutar na Ucrânia ou atacando forças russas”, escreveu. O presidente ressaltou que também não estimula que a Ucrânia ataque além de suas fronteiras.
Biden disse ainda que as negociações para o fim do conflito estão paralisadas porque a Rússia trava uma guerra com o objetivo de assumir o “controle do máximo possível” da Ucrânia. Sobre o receio do uso de armamentos nucleares, o presidente afirmou que, por ora, não vê indícios de que isso possa acontecer.
Por fim, declarou ver com bons olhos a entrada da Finlândia e da Suécia na Otan, a aliança militar liderada pelos EUA. Segundo ele, esse movimento “fortalecerá a segurança geral dos EUA e transatlântica ao adicionar [à aliança] dois parceiros militares democráticos e altamente capazes”.