Preso na manhã desta quarta-feira (22), em operação deflagrada pela Polícia Federal no âmbito das investigações sobre um balcão de negócios no Ministério da Educação, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse, em depoimento à PF em abril deste ano, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pedia que o Ministério repassasse as verbas para os municípios indicados pelos pastores Gilmar Silva e Arilton Moura, suspeitos de participar do escândalo e também presos nesta quarta.
A prisão, que ocorre às portas das eleições marcadas para outubro, pode virar mais um ponto de desgastes para a campanha de reeleição de Bolsonaro, que pode ser até incriminado pelo escândalo envolvendo seu ex-ministro da Educação e pastores ligados ao governo federal.
Ribeiro foi exonerado em março após muita pressão do Centrão e da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, que alegava que a permanência do ministro após as revelações seria prejudicial ao governo Bolsonaro. O presidente, contudo, resistiu à ideia pelo tempo que pôde.
IBAHIA