Após o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, mencionar que entregou seu celular corporativo com provas que poderiam incriminar o presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição na Casa, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (27), a abertura de um inquérito para investigar Bolsonaro por possíveis crimes na Petrobras. Na petição, o parlamentar solicita ainda a apreensão imediata do celular corporativo da estatal para que seja periciado.
O documento, assinado pela advogada Flávia Calado Pereira, pede que a Procuradoria-Geral da República (PGR) seja notificada para a análise de abertura de inquérito investigativo contra o mandatário, “para que esclareçam os crimes cometidos por ele envolvendo o caso da Petrobras”.
“Se o Presidente da República interfere na gestão de patrimônio público, que é de todos os brasileiros e usado exclusivamente em seu prol, é direito de todos os brasileiros conhecer os fatos”, diz Randolfe.
As mensagens de Castello Branco, de acordo com a petição, demonstram suposta tentativa de interferência na Petrobras, com propósito eleitoral. “No lugar de alterar a política de preços da Petrobras ou de implementar mecanismos que mitiguem a oscilação de preços dos combustíveis – como a conta de estabilização, já aprovada no Senado –, prefere colocar a culpa na própria Petrobras”, diz o requerimento, que também cita crimes como prevaricação, corrupção passiva, condescendência criminosa e violação de sigilo funcional.