Foto: PT Bahia
De passagem pelo município de Laje, no extremo sul da Bahia, nesta segunda-feira (7), o governador Rui Costa (PT) comentou o alinhamento político de sua gestão junto ao prefeito Binho de Mota (PDT) e parlamentares da base do governo para a implementação de políticas na região.
Em entrevista à Rádio Líder FM, o petista comemorou o trabalho conjunto e afirmou que falta apenas que o Brasil “se reencontre”, com o retorno do ex-presidente Lula (PT). “Nós precisamos reconstruir nosso Brasil e eu tô contando as horas, contando os dias, como diz aquela música… Eu passo contando as horas, contando os dias pra gente ter de volta o nosso ex, tá todo mundo com saudade do ex! E com certeza aquele que na minha opinião, foi e é na história do brasil o melhor presidente da república que esse país já teve”, disse o governador, citando escolas técnicas, universidades e outros programas que chegaram à Bahia na gestão petista.
“Eu sei que tá todo mundo com saudade e a gente esse ano vai ter essa caminhada e quando chegar o momento apropriado nós vamos correr o Vale do Jiquiriçá, toda a Bahia, pedindo que o povo nos ajude para que a Bahia tenha apoio do governo federal e possa fazer a parceria com esse que foi o melhor presidente”, disse Rui, mirando a abertura oficial da campanha, que só está liberada em agosto. “Então é por isso estamos aqui com Jerônimo Rodrigues, o candidato de Lula, Jerônimo Rodrigues, o candidato de Rui Costa, o candidato de Otto [Otto Alencar], de Wagner [Jaques Wagner], pra que, enfim, a gente faça essa sintonia e que o lula tenha gente pra ajudá-lo”, acrescentou o governador, colando a chapa ao nome do ex-presidente, que lidera as pesquisas eleitorais.
O petista aproveitou ainda para provocar os adversários, a quem chamou de “lobos em pele de cordeiro”. O governador insinuou que eles “querem enganar, iludir, trapacear” e têm interesses meramente eleitoreiros. “Nós temos esse exemplo aqui nas história do Brasil. Em 2014 a Dilma estava forte, ia ganhar a eleição, então os deputados que queriam ter os votos, vestiam a pele de cordeiro e diziam assim ‘eu sou amigo da Dilma, eu vou ajudar a Dilma’. E o povo meio desconfiado dizia ‘esse focinho não é de cordeiro não, esse focinho está mais pra lobo’. E diziam ‘não, fique tranquilo, eu não sou do partido dela, mas eu vou ajudar’. Passou a eleição, o povo confiou e votou. E depois da eleição o que é que fizeram? Deram uma facada nas costas da Dilma e afundaram o Brasil”, lembrou Rui Costa, citando o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Citando a crise pela qual passa o país, com a inflação, alta dos combustíveis, desemprego e pobreza, ele afirmou que “a turma aliada ao Presidente da República” tem “perseguido” o Nordeste e a Bahia e atrapalhado o Brasil. “Inclusive aqui na Bahia nós temos duas candidaturas a governador que são de pessoas aliadas, que controlam os cargos federais”, pontuou Rui, em referência ao ex-ministro João Roma (PL), candidato com apoio oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-prefeito ACM Neto (UB), que se diz neutro.
“É hora de exercitar aquela passagem da bíblia que diz que é importante separar o joio do trigo. Então é importante, já que as pessoas estão com saudade do Lula, que a gente possa melhorar o Brasil mesmo”, defendeu o petista, segundo o qual o ex-presidente tem reforçado a importância de eleger um Legislativo alinhado e uma boa base nos estados, caso seja eleito presidente. “É importante que a gente ao, se Deus quiser eleger o Lula, possa eleger também o governador, senador, deputado pra ajudar o Lula e não pra chantagear, pra trair, pra tentar derrubar o Lula, porque aí o Brasil nao vai sair desse buraco e nós precisamos tirar o brasil desse buraco”, concluiu.