MEC prevê corte de R$ 300 milhões em orçamento dos institutos federais




Para o orçamento de 2023 dos institutos federais, o Ministério da Educação (MEC) prevê R$ 300 milhões a menos na comparação com o dinheiro disponibilizado em 2022. A previsão de orçamento desse setor para o próximo ano é de R$ 2,1 bilhões. De acordo com informações do portal Uol, os reitores foram informados sobre a decisão nesta semana.
A verba é destinada ao pagamento de despesas de custeio, que incluem gastos como água, luz, limpeza e bolsas dos alunos. O valor ainda é uma previsão, já que o governo precisa enviar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) até agosto ao Congresso.

Ao portal, presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Cláudio Alex Jorge da Rocha, afirmou que são R$ 300 milhões a menos comparado com 2022, “que já tem um orçamento insuficiente, que não considera a inflação nem o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo]”.

Nos últimos dez anos, o orçamento previsto para 2023 só não será menor do que o de 2021, que ficou em R$ 2.080,54 com a correção pelo IPCA. No ano passado, no entanto, a maioria das unidades estava em aulas remotas ou em modelo híbrido, o que diminuía os gastos básicos de funcionamento das instituições. Na última quarta-feira (6), reitores se reuniram com deputados para discutir o orçamento.

No início de junho, o MEC já tinha informado que metade dos 7,2% do orçamento destinado às universidades públicas federais brasileiras para 2022, que estavam bloqueados, seriam remanejados para outros órgãos para pagamento de despesas obrigatórias.

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) está em campanha contra o corte no orçamento das instituições federais de ensino superior. A iniciativa faz parte da mobilização nacional “Não aos Cortes em Educação e Ciência”, organizada por um conjunto de entidades nacionais associadas à defesa da educação e da ciência.
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