Entre os dias 2 e 4 de setembro o número de focos de incêndio na Amazônia já superou em mais de 40% o episódio conhecido como Dia do Fogo, ocorrido em 11 de agosto de 2019, com 2.366 focos de incêndio.
O Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) registrou 3.393 focos de incêndio, no domingo (4), na Amazônia. Outros dois dias de setembro também registraram um alto número de queimadas. Em 2 de setembro, foram notificados 3.333 alertas, aumento de 40,8% em relação ao Dia do Fogo. E, em 3 de setembro, o número de alertas foi de 3.331, alta de 40,7% na mesma base de comparação. Com isso, setembro já soma 10.057 focos de calor somente em três dias de dados. A média histórica (1998-2021) do mês inteiro no bioma é de 32.110 focos.
Dados do Greenpeace indicam que dos focos de incêndio no bioma amazônico registrados no último domingo (4), por exemplo, foram o maior número de queimadas no ano e superaram em 43,4% o Dia do Fogo. Naquela época, agropecuaristas do Pará combinaram a data para realizar incêndios em áreas de pasto e recém-desmatadas.
Do total de focos de calor registrados até o último dia 31 de agosto, 43% ocorreram apenas em dez municípios amazônicos, sendo cinco deles localizados na região da Amacro (fronteira entre Amazonas, Acre e Rondônia), considerada a nova fronteira de expansão do arco de destruição na Amazônia e que vem acelerando as taxas de desmatamento e queimadas.