O corpo do subtenente da Polícia Militar Alberto Alves dos Santos, 51 anos, morto em uma ação da PM em Itajuípe, no sul da Bahia, está sendo velado no cemitério Bosque da Paz na manhã desta quinta-feira (29). O enterro está previsto para acontecer às 11h30. Familiares, colegas de farda e amigos compareceram para se despedir de Alberto. O PM foi morto em uma ação da própria Polícia Militar que ainda está cercada de dúvidas. Ele estava em uma pousada com o sargento Adeilton Rodrigues D’Almeida, na véspera de um evento do candidato ACM Neto (União Brasil) em Coaraci, cidade próxima. Ambos faziam parte da equipe de segurança de Neto. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), outros PMs em busca de suspeitos foram até o local e houve uma troca de tiros (leia mais sobre a situação abaixo). ACM Neto esteve presente para se despedir do subtenente, lembrando que o conhecia havia muitos anos e que ele já havia trabalhado na assistência militar da Prefeitura de Salvador, além de ter atuado na Casa Militar na época do governo de Paulo Souto. “Uma pessoa que tem história, um homem de bem, pai de família, perdeu sua vida e ninguém repõe. Ninguém vai devolver o subtenente Alves para seus filhos, esposa, seus pais. Recebemos com consternação terrível esse fato, porque nas horas livres o subtenente vinha trabalhando no suporte da nossa equipe”, disse. Neto pediu que a situação seja investigada com rigor. “Acima de tudo nesse momento precisamos que tudo seja esclarecido. Esse fato não está esclarecido. A versão oficial do comando da polícia não é verdadeira. Não houve confronto. Os policiais que sobreviveram já se pronunciaram. O subtenente foi brutalmente assassinado enquanto estava dormindo. Na ponta você tem uma operação policial desastrosa. Nada justifica o que aconteceu da forma que aqueles policiais agiram. Chegaram matando. E até agora não ouvimos falar de punições imediatas a esses policiais”, acrescentou.
O capitão da PM Humberto Sturaro, que é candidato a deputado federal, esteve presente e afirmou que a Polícia Militar deve ter capacidade de assumir quando erra. “Óbvio que houve uma inteligência, uma informação totalmente errada. Temos que ter maturidade para saber quando erramos. Não é vergonha errar, não pode errar com má vontade, errar de propósito”, diz. “Erros involuntários acontecem, faz parte da instituição. Isso tem que ser um exemplo, temos que repensar nossas ações”, acrescentou, afirmando que o episódio era “doloroso”, mas encarar o que aconteceu é necessário para que não venha a acontecer novamente, “Claro que foi uma operação desastrosa, óbvio que não foi planejada. um companheiro à paisana nunca iria reagir contra uma ordem de um companheiro fardado”, acrescentou.
Fonte:blogdoedyy.com.br