O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) declarou que a Bahia está enfrentando não um postulante ao governo do estado, mas todo o sistema que comanda há 16 anos. O ex-prefeito de Salvador lembrou que, no primeiro turno, foi atacado do primeiro ao último dia e que, mesmo assim, mais de 40% do eleitorado votou nele e lembrou das eleições de 2012, quando saiu vencedor no segundo turno, e do pleito de 2020 em Feira de Santana e Vitória da Conquista, quando candidatos do seu grupo político conseguiram a virada contra petistas no segundo turno.
“Não estamos enfrentando um candidato, estamos enfrentando o sistema que governa a Bahia há 16 anos. As condições impostas no primeiro turno foram muito mais duras e muito mais pesadas do que as condições políticas que vamos enfrentar agora no segundo turno”, disse, durante encontro com lideranças na noite desta quinta-feira (6).
“Nós tínhamos quatro candidatos, no entanto eu era o único alvo da eleição. Eu fui atacado do primeiro ao último dia. Mesmo assim, 40% dos eleitores da Bahia votaram na gente. Se somarmos os votos dados a outros candidatos, a maioria do povo baiano demonstrou que quer mudança. E é importante destacar isso: essas pessoas votaram na gente porque acreditam de verdade no nosso projeto”, continuou.
ACM destacou a mobilização espontânea que tem tomado conta dos comitês de campanha, com o aumento na procura por materiais gráficos, e nas redes sociais, com o crescimento dos compartilhamentos. “Parece que se repete um filme na minha cabeça. Em 2012, foi a mesma coisa. No segundo turno, a mobilização saiu da esfera política e ganhou as ruas, as pessoas, de forma muito espontânea”, disse, lembrando a disputa para prefeito de Salvador que ele venceu.
Em 2020, em Feira de Santana e Vitória da Conquista, os candidatos apoiados por ACM Neto saíram vencedores no segundo turno, após terem virado o primeiro turno em desvantagem diante de postulantes do PT. “Naquela ocasião, algumas pessoas disseram para jogar a toalha. Mas eu, naquele momento, mesmo não sendo eleitor de Conquista ou de Feira, caí para dentro da eleição. Fomos à luta, fomos às ruas para virar o jogo. E por isso saímos vitoriosos, em situação bem parecida com a que vivemos agora”, ressaltou.