O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) voltou apontar nesta sexta-feira (7) o problema com a longa espera na fila de regulação na saúde estadual como um dos maiores dramas enfrentados pela população que vive no interior da Bahia e ainda criticou o candidato Jerônimo Rodrigues (PT), que agora, durante a disputa eleitoral, diz que vai resolver o problema, mesmo após os 16 anos de governos petistas na Bahia.
“É lamentável ouvir o candidato Jerônimo (Rodrigues, do PT) dizer que vai resolver o problema da regulação. Poxa, mas tiveram 16 anos para resolver e não resolveram? Foram justamente eles que criaram esse problema, e agora o cara que foi testado e reprovado como secretário de Educação, considerado o pior do Brasil, está dizendo que vai resolver”, apontou em entrevista à Rádio Andaiá FM, de Santo Antônio de Jesus.
O candidato ainda destacou que “hoje, infelizmente, quando a gente conversa com os baianos, principalmente os que moram no interior, a gente ouve o relato dos dramas daquelas pessoas que quando precisam de um internamento hospitalar ou de um tratamento médico entram na fila da regulação. Começam com uma longa e interminável espera e, muitas vezes, acabam morrendo sem conseguir ter acesso ao atendimento médico”.
Neto citou três pontos essenciais do seu projeto para resolver o buraco assistencial vivido hoje pelos baianos de diversas regiões do estado. Primeiro, serão retirados da fila de espera os tratamentos urgentes – como infarto, AVC, partos de emergência ou acidentes com politraumatismos.
“Essas pessoas não podem esperar na fila. Para esses casos, nós vamos ter que ter atendimento imediato em toda a Bahia. Quantos casos eu ouço de pessoas que tiveram acidente, que sofreram politraumatismo, e que estão esperando há mais de um ano por uma cirurgia ortopédica. Isso não existe”, criticou.
O ex-prefeito de Salvador também pretende construir hospitais regionais em diversas localidades para desafogar espaços que hoje têm dificuldade de atender toda a demanda. Além disso, serão implementados hospitais microrregionais, em parceria com as prefeituras de cidades que contam com hospitais municipais para aumentar a oferta de serviços, o quadro de profissionais e a capacidade de atendimento.
ACM defendeu ainda o investimento em tecnologia para auxiliar na melhor distribuição dos casos entre as regiões a fim de agilizar o atendimento à população. “Tem um sistema que é utilizado no estado de São Paulo que funciona muito bem. Nós vamos trazer para cá profissionais e tecnologia para fazer a fila andar. Não dá para acabar com a regulação, tem que ser sincero, tem que dizer isso, não dá para acabar, mas não precisa ter fila, não precisa ter essa longa espera”, avaliou.
“A prioridade do nosso projeto é levar a saúde para o interior, desafogar essa demanda que existe hoje sobre Feira de Santana e Salvador. Para isso, tem que organizar o sistema, a rede, e ampliar a quantidade de hospitais. Vai ter que botar mais dinheiro na saúde, priorizar a saúde e mudar a gestão da saúde na Bahia”, finalizou o candidato.