Prevista inicialmente para sair na segunda-feira (10), foi divulgada nesta quarta (12), dia de Nossa Senhora Aparecida, uma carta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com compromissos firmados junto ao eleitorado religioso, sobretudo os evangélicos, responsáveis por boa parte da base de apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
No documento elaborado com auxílio da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que é evangélica, o petista cita passagem da bíblia e trecho da Constituição, classifica a religião como “direito sagrado e fundamental” e afirma que, se eleito presidente, irá respeitar todos os credos e templos religiosos, como fez em seus mandatos anteriores.
“Neste dia 12 de outubro de 2022, em que celebramos o dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, quero me dirigir ao povo brasileiro para afirmar que a religião é um direito sagrado e fundamental e que deve ser respeitado por todas e todos nós”, diz o texto assinado por Lula.
Segundo o candidato, as igrejas são fundamentais na constituição da sociedade, já que “além de serem espaços sagrados de celebração e relação com Deus, ajudam a promover a paz, a justiça e a fraternidade”, e, por isso, devem ser valorizadas.
Citando o Artigo 5º Constituição de 1988, que determina que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”, Lula prometeu cumprir a legislação e garantiu que em um eventual governo “todas as religiões e templos religiosos serão respeitados e tratados com dignidade, como já fizemos em nossos governos anteriores”.
Ao final, reafirmando sua condição de Católico, ele pediu que Nossa Senhora Aparecida intercedesse para que Deus abençoe o Brasil “para que possamos construir uma nação democrática, justa, independente e soberana, onde todos e todas ‘tenham vida e vida em abundância’ (Jo 10,10)”.