Ibama e PF realizam operação contra exploração ilegal de madeira em Camacã




Três mandados de busca e apreensão contra a exploração ilegal do Pau-brasil e outras espécies em extinção foram cumpridos nesta terça-feira (8) em Camacan, no Sul da Bahia. Segundo informações da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), responsáveis pela Operação Ibirapitanga II, o material era comercializado no exterior e usado para a fabricação de instrumentos musicais. Não há informações sobre prisões.

Além da Bahia, outros 34 mandados de busca e apreensão são cumpridos no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Alagoas, locais onde a associação criminosa atua.

Segundo a PF, o crime envolve extratores, transportadores, intermediários, atravessadores, arqueiros e empresas de produção e exportação de acessórios de instrumentos musicais de corda. dessa forma, a suspeita é de que o Pau-Brasil é extraído clandestinamente, acabado em formato de arcos de violino ou em varetas e levado para o exterior de forma ilegal.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, no Brasil as varetas de Pau-Brasil são adquiridas por entre R$ 20 e R$ 40. No exterior, eles podem ser comercializados por até U$ 2.600, cerca de R$ 14.600 na cotação atual.

Segunda fase – De acordo com a PF, esta é a segunda fase da operação, iniciada em 2021. Na ocasião, 32 mil varetas e 85 toretes foram apreendidos, mas os locais que eles foram encontrados não foram informados.

As investigações acerca do assunto começaram após fiscalizações do IBAMA, onde mais de 42 mil varetas de Pau-brasil e 150 toretes foram apreendidos.

Os suspeitos poderão responder pela prática de associação criminosa, contrabando, crimes contra à flora, por outros crimes ambientais e contra à administração ambiental, com penas combinadas que podem ultrapassar 15 anos de prisão.

Por parte do produto do crime ter sido enviado ao exterior e por se tratar de espécie em extinção, a pena poderá ser agravada.
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