Jerônimo diz que Chesf vai responder judicialmente por prejuízos causados a municípios nas chuvas




Da Redação

O governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) endureceu o discurso contra a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) pelo aumento da vazão da Barragem de Pedra, na Bacia do Rio de Contas. Essa medida causou inundações em municípios como Jequié durante as fortes chuvas que castigam parte da Bahia.

“A Chesf precisa responder pelo prejuízos causados aos municípios próximos da barragem. Chegou a ter 94% de ocupação do lastro do armazenamento de água. Se não superasse o peso, o dano seria maior. Eles tem que responder pelos prejuízos financeiros, psicológicos e ambientais”, afirmou Jerônimo, durante a coletiva de anúncio de mais seis nomes do primeiro escalão de governo, nesta quarta-feira (28).

Jerônimo afirmou que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) já está avaliando as medidas que devem ser tomadas no âmbito judicial. Ele contou que os prefeitos de municípios prejudicados farão o mesmo. “Faremos uma agenda diferenciada com eles (Chesf) a partir de janeiro”, salientou.

O petista ressaltou ainda medidas adotadas pelo Executivo estadual para minimizar os impactos das chuvas. Ao lado do governador em exercício, deputado Adolfo Menezes (PSD), presente no anúncio de mais um grupo de secretários e com quem Jerônimo sobrevoou e visitou municípios atingidos nos últimos dois dias, incluindo Jequié, o futuro governador destacou o projeto de lei que será votado na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (29), em sessão extraordinária durante o recesso.

O texto enviado pelo governador em exercício autoriza o Executivo a destinar pelo menos R$100 milhões a comerciantes e prestadores de serviço atingidos pelas chuvas, por meio do Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico (Fundese), via financiamento sem juros. As concessões de financiamento serão feitas com parcelamento em até 48 meses, incluindo carência de até 12 meses para pagamento da primeira parcela.

“Esse financiamento será feito pelo Desenbahia. E as famílias que tomaram empréstimo no ano passado (também em função das chuvas) terão mais um ano de prorrogação da carência”, afirmou Jerônimo. ‘Adiantamos também o ICMS para os municípios que sofrem tanto com as chuvas quanto com a seca. Isso também vai ajudar a dinamizar a economia”, acrescentou.

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