Sem novos ministros baianos, o presidente eleito e diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na manhã desta quinta-feira (29) os nomes de 16 novos ministros e, assim, concluiu a equipe do primeiro escalão de governo para começar o seu terceiro mandato no Palácio do Planalto.
Lula oficializou o retorno da deputada federal Marina Silva (Rede-AC) ao Ministério do Meio Ambiente e a acomodação da neoaliada Simone Tebet (MDB-MS) na pasta do Planejamento. Além disso, na última leva de anúncios de ministros, cedeu nove pastas para partidos de centro em busca de governabilidade. MDB e PSD indicaram três ministros cada um para o futuro governo. Já a União Brasil – partido do ex-prefeito de Salvador ACM neto e do ex-juiz Sergio Moro, eleito senador pelo Paraná – terá dois representantes na Esplanada.
Esse número pode subir para três, caso o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), migre para a União Brasil. Ele vai integrar o governo em uma cota do ex-presidente do senador Davi Alcolumbre (União-AP) e, por enquanto, vai apenas se licenciar do PDT.
A terceira e última leva dos anúncios de ministros só aconteceu após o fim das negociações com os partidos que farão parte do governo de coalizão. As tratativas foram encerradas apenas às vésperas do anúncio, com Lula ainda recebendo lideranças partidárias em seu hotel algumas horas antes de seguir para o Centro Cultural Banco do Brasil.
“Temos conversado e, depois de muitos ajustes, nós terminamos de montar o primeiro escalão do governo. Não menos importante, a partir da posse, a gente vai começar a discutir o segundo escalão, os cargos do governo federal em cada estado, para que a gente possa dentro de pouco tempo estar tendo todas as informações para fazer a máquina funcionar”, afirmou
Todos os ministros indicados, os novos e os já conhecidos, estavam presentes no anúncio. Lula fez questão de estar cercado pelas mulheres que vão compor o governo – após as críticas feitas no primeiro anúncio, quando apenas ministros homens foram escalados.
Além de algumas siglas que compuseram a coligação que o elegeu, Lula cedeu ministérios para o PSD de Gilberto Kassab, para o MDB – dos clãs aliados da região Nordeste – e para indicações da União Brasil, resultado da fusão do PSL e do DEM.
Confira abaixo os nomes anunciados:
Alexandre Silveira (PSD-MG): Minas e Energia
Ana Moser: Esportes
André de Paula (PSD-PE): Pesca
Carlos Fávaro (PSD-MT): Agricultura
Carlos Lupi (PDT-RJ): Previdência
Daniela do Waguinho (União-RJ): Turismo
General Gonçalves Dias: GSI
Jader Barbalho Filho (MDB-PA): Cidades
Juscelino Filho (União-MA): Comunicações
Marina Silva (Rede-AC): Meio Ambiente
Paulo Pimenta (PT-RS): Secretaria de Comunicação
Paulo Teixeira (PT-SP): Desenvolvimento Agrário
Renan Filho (MDB-AL): Transportes
Simone Tebet (MDB-MS): Planejamento
Sônia Guajajara (PSOL-SP): Povos Indígenas
Waldez Góes – Integração e Desenvolvimento Regional
Dessa forma, Lula vai começar seu governo com ministros de oito partidos, além do próprio PT. Terão representantes na Esplanada dos Ministérios o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, Rede, PCdoB, PSOL, PDT, MDB, PSD e a União Brasil.
Por outro lado, ficaram de fora do governo partidos que integraram a coligação que elegeu Lula. Não terão ministérios Solidariedade, Agir, Avante e Pros. O PV integra uma federação com o PT e PCdoB, mas esperava uma pasta exclusiva para a sigla, considerando que os comunistas obtiveram.