A cantora Margareth Menezes aceitou o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vai assumir o Ministério da Cultura a partir de 2023. Ela confirmou em entrevista à Folha de S. Paulo. Margareth viajou hoje a Brasília para um encontro com o petista.
Ao lado de Rui Costa, a artista será mais uma a representar a Bahia na equipe ministerial do novo governo.
Lula repete, na área da cultura, o que fez em seu primeiro governo (2003-2006), quando convidou o cantor baiano Gilberto Gil para assumir a pasta.
Margareth integra o grupo de transição da cultura e o nome para ela comandar o ministério teria sido defendido por Janja, futura primeira-dama. Além dela, nomes como Daniela Mercury, Chico César, Emicida e Marieta Severo também foram especulados.
Nascida em Salvador, Margareth Menezes iniciou a carreira como atriz, em 1980. Em 1986, emplacou no cenário musical e se projetou na axé musici, no afropop, no samba-reggae e também na MPB.
Em 2004, ela criou a Associação Fábrica Cultural, entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo promover o reconhecimento da cultura local.
A associação tem quatro sedes – duas na Ribeira, uma no Bonfim e uma no Jardim Cruzeiro. Dois dos projetos mais conhecidos são o Mercado Iaô e o Mercado Iaô Verão.
Ontem, nas redes sociais, o ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, que tem passagens nos governos Lula e Dilma, endossou o nome de Margareth para o comando da pasta.
“Margareth reúne inúmeras capacidades, que lhe conferem as condições para assumir o mais alto posto da gestão cultural do país, como inteligência, sensibilidade, criatividade, compromisso com a sociedade, com a cultura, com a democracia e com o Brasil”, escreveu.