Da Redação
A prisão do homem suspeito de ter plantado uma bomba para explodir um caminhão de combustível em Brasília aumentou o clima de tensão para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acontece no próximo domingo (1º). O homem foi identificado como o empresário paraense George Washington Sousa.
Segundo a Folha de S. Paulo, aliados de Lula e autoridades do país temem novas tentativas de terrorismo. A prisão efetuada no sábado, véspera de Natal, aumenta a pressão para a desmobilizaçao do acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) no QG do Exército, na capital federal, localizado a poucos quilômetros da cerimônia.
Até o momento, Bolsonaro não se manifestou sobre o episósio. Ontem, publicou nas redes sociais uma mensagem sucinta de Natal, diferente dos pronunciamentos de anos anteriores. A postura reclusa de Bolsonaro tem sido a tônica desse final de mandato e gestão. Desde o dia 30 de outubro, o atual presidente tem feito poucas aparições públicas e reduziu drasticamente as manifestações nas redes sociais.
Foi o resultado das eleições também que motivou os acampamentos bolsonaristas em diversas regiões do Brasil. Eles defendem atos antidemocráticos, pedem intervenção militar e disseminam o discurso de que Lula não vai tomar posse.
De acordo com a Folha, em depoimento à Polícia Civil, o suspeito preso afirmou participar do acampamento no QG em Brasília. Disse que seu objetivo era criar um ‘estado de sítio’. Com o bolsonarista, foi apreendido um arsenal. Ele foi transferido para o presídio da Papuda, na capital federal.