Para o pentacampeão mundial Ronaldo Fenômeno, chegou a hora de um técnico estrangeiro treinar a Seleção Brasileira. O ex-atacante usou o exemplo de Paulo Pezzolano, comandante do Cruzeiro – clube do qual é dono – para defender um treinador de fora do país.
Fenômeno ainda citou alguns possíveis técnicos, como dos portugueses Abel Ferreira, do Palmeiras, e José Mourinho, da Roma, além do italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid.
“Eu sou a favor de algum nome estrangeiro. Eu não sustento esse tabu de que o estrangeiro não poderia contribuir com o futebol brasileiro. Temos grandes exemplos atuando no Brasil. No meu caso, o treinador do Cruzeiro é uruguaio, grande escola de futebol, e que nos ajudou a tirar de um buraco que estávamos há três anos. Temos que discutir os nomes exatamente. Tem grandes nomes internacionais na mesa e as opções brasileiras não vejo muitas”, disse Ronaldo, em entrevista coletiva em Doha, no Catar.
“Tem muitos nomes incríveis que fariam muito bem. Ancelotti, Abel, do Palmeiras, Mourinho, da Roma… São nomes incríveis. Todos eles com contratos. Não sei o que a CBF vai fazer, mas a minha opinião é que apoiaria um nome estrangeiro”, completou.
O único treinador brasileiro citado por Ronaldo foi Fernando Diniz, treinador do Fluminense. O ex-jogador, porém, acredita que a CBF precisa definir primeiro qual o modelo de jogo que quer ver na Seleção no próximo ciclo.
“As opções brasileiras, não vejo muitas. O que quis dizer é que o Fernando Diniz é um dos nomes brasileiros que mais me agrada. Enfim, antes do anúncio do treinador, a CBF ainda terá outros anúncios para fazer. A escolha do treinador vem de um conceito de como a direção da CBF ou o presidente quer que a Seleção jogue. A partir desse conceito de jogo que a Seleção escolher aí sim buscar os perfis mais adequados pra esse jogo”, afirmou.
Fenômeno evitou dizer que os técnicos brasileiros estão abaixo dos estrangeiros em qualidade de trabalho. Mas reforçou que apoia um estrangeiro.
“Não diria que (o técnico brasileiro) ficou para trás. A Seleção desde 2002 não ganha nada, é o momento propício para arriscar, inovar, trazer uma novidade para o cenário nacional. Não vejo problema nesse sentido. Logicamente, temos grandes nomes no Brasil. Mas é uma decisão que a CBF vai ter que tomar. Estou ansioso por esse nome. Espero que não pensem no Pezzolano, por favor”, brincou.