Da Redação
O Ministério da Saúde aprovou, nesta quinta-feira (26), um repasse de R$ 600 milhões a estados e municípios para a realização de mutirões de cirurgias agendadas, consultas e exames no Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi tomada em reunião da pasta com gestores do setor.
A primeira transferência será de R$ 200 milhões, destinados às cirurgias. Ficou decidido que os repasses serão feitos conforme apresentação de demandas dos secretários de saúde estaduais e municipais e a população per capita da região. Os recursos estarão disponíveis até junho.
Este é o primeiro repasse do Programa Nacional para Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas da pasta. A partir de junho, estão previstos R$ 3 bilhões para os procedimentos, e todo o montante deve ser publicado em uma portaria da pasta em fevereiro.
Segundo o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvecio Magalhães, o ministério tem pressa em reduzir as filas do SUS. “Precisamos melhorar o diagnóstico das filas. É um mistério completo, às vezes, o número exato”, disse.
— São um ou até dois milhões procedimentos represados. Não sabemos porque os dados não são unificados. Outra meta é estabelecer tecnologias para que os pacientes possam acompanhar as previsões de realização dos procedimentos — completou o secretário.
Resolver o problema de grandes filas para marcação de cirurgias e exames na saúde pública, agravado durante a pandemia da Covid-19, é uma das prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade.
— Esse fenômeno do aumento de pessoas na fila de espera por procedimentos eletivos [agendados] é resultante também da pandemia, em especial, com relação aos procedimentos oncológicos. A proposta é pactuar alvos de acordo com a realidade dos estados e municípios. A partir dos planos regionais é que faremos repasses. Dados mais precisos ainda serão anunciados brevemente — anunciou Nísia.