Autoridades de saúde da Guiné Equatorial confirmaram o primeiro surto do vírus de Marburg na segunda-feira passada, como resultado de nove mortes. No dia seguinte, uma reunião de emergência foi convocada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para abordar essa questão.
Autoridades e especialistas estão trabalhando duro para combater esta doença, que é altamente infecciosa e não tem vacina ou tratamento aprovado. Veja informações detalhadas sobre o vírus ao longo do texto.
Além das nove mortes relatadas, as autoridades também relataram 16 casos suspeitos, 14 dos quais assintomáticos e dois com sintomas leves. Ainda assim, 21 pessoas estiveram em contato com os mortos, por isso estão sob vigilância e isoladas. Outras 4.325 pessoas estão em quarentena em casa.
De acordo com o ministro da Saúde da Guiné Equatorial, Ondhoo Aekaba, as mortes ocorreram entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro em uma área rural em uma densa floresta perto da fronteira Gabão-Camarões.
Guiné Equatorial receberá ajuda da OMS
As amostras foram enviadas ao Senegal para análise que confirme o vírus. O ministro diz que detectou uma "situação epidemiológica atípica" depois que as pessoas apresentaram sintomas como febre, fraqueza, vômitos e diarreia, sangramento e morte.
Uma resposta rápida para confirmar a presença do vírus na África do Sul permitirá conter a doença e salvar vidas de forma mais ágil, como explicou Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África do Sul.
Que também enfatizou que a Guiné Equatorial recebe assistência no combate à doença, enviando especialistas e equipamentos de proteção.
Principais fatos sobre o vírus de Marburg
Segundo a OMS, o vírus é considerado um dos mais perigosos do mundo, com uma taxa de mortalidade de até 88% para pacientes infectados, dependendo da variante do vírus e dos cuidados médicos que o paciente recebe.
Transmitida às pessoas por morcegos africanos, é transmitida pelo contato de fluidos corporais de pessoas infectadas ou superfícies e materiais como cama, causando febre hemorrágica.
A doença começa de repente e é acompanhada pelos seguintes sintomas: febre alta, acúmulo muscular, sangramento, dor de cabeça intensa, diarreia, vômitos com sangue. Esta não é a primeira vez que a região africana sofre de um surto do vírus. Em 2004, 90% das 252 pessoas infectadas morreram em Angola. Já no ano passado, Gana registrou duas mortes causadas pelo vírus. Surtos também podem ocorrer na Guiné-Conacri, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda.
Ainda não há vacina para o vírus de Marburg
A OMS também disse que, embora não haja tratamento antiviral comprovado ou vacina para tratar o vírus, os especialistas estão comprometidos em explorar possíveis tratamentos, como imunoterapia, medicação e vacinas.
No momento, a organização recomenda que as pessoas bebam muita água e tentem tratar certos sintomas.