Da Redação
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) informou que o resultado do exame de um caso suspeito da doença da “vaca louca”, no sudeste do estado, deu positivo. Contudo, se trata de um caso atípico, ou seja, que surge espontaneamente na natureza, de acordo com o governo estadual. Por isso, não há risco de disseminação entre o rebanho ou de contágio ao ser humano, informou a agência em nota nesta quarta-feira.
O Ministério da Agricultura também confirmou o caso e suspendeu, em uma ação preventiva, as exportações para a China. Seguindo o protocolo sanitário oficial assinado em 2015, as exportações para o país asiático serão temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira, de acordo com a pasta. Mesmo o caso tendo ocorrido de forma isolada, o protocolo prevê a suspensão da exportação de tudo que é produzido no Brasil.
“No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira”, afirma o ministério.
O Brasil exportou US$ 11,8 bilhões de carne bovina fresca no ano passado. Desse total, US$ 8 bilhões tiveram a China como destino.
O ministério afirmou que o caso foi detectado em um animal macho de nove anos — considerado velho — em uma pequena propriedade no município de Marabá. O governo diz que vem adotando todas as providências governamentais para o mercado de carnes brasileiras.
“A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) informa que foi positivo o resultado do caso suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina numa pequena localidade do sudeste do Estado. A sintomatologia indica que se trata da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano”, afirma o órgão estadual.
Os casos de vaca louca atípica ocorrem por causa de uma mutação num único animal. Já os casos clássicos, que é quando o animal é contaminado por causa de sua alimentação, poderiam afetar mais de um bovino por vez. Animais mais velhos, podem contrair a vaca louca de forma atípica, mas que não causam risco de contaminação nem para o rebanho e nem para os seres humanos.
Segundo o governo do Pará, a propriedade com 160 cabeças de gado foi inspecionada e isolada de forma preventiva. O exame foi realizado em amostras enviadas a um laboratório no Canadá para tipificação do agente, se clássica ou atípica.
No texto, o governo do Pará informa que está em contato permanente com o Ministério da Agricultura e Pecuária e “trata do tema com transparência e responsabilidade.” O caso estava sendo investigado pelo Ministério desde o início desta semana.