Um novo embate entre bancos e Americanas está instalado na encrenca que envolve a varejista desde que foi anunciado o rombo de R$ 20 bilhões em janeiro. A informação é da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Segundo a publicação, o Itaú afirma que “é falsa” uma informação sobre o banco que consta no relatório final entregue na terça-feira (21) à Justiça pelos administradores judiciais da Americanas.
De acordo com o relatório, em 2016 a KPMG recebeu do Itaú (e do Santander) respostas às cartas de circularização com saldo de operações de risco sacado com fornecedores junto à Americanas. Mas posteriormente essa informação teria sido retificada e, segundo a KPMG, o risco sacado anteriormente informado simplesmente sumiu.
O Itaú não só nega o ocorrido. Mas também acusa a Americanas e seus advogados de má-fé e que ambos tentam “criar versões inverídicas”. “É falsa a informação de que a carta de circularização referente ao ano de 2016, enviada em 13/1/2017, foi substituída. A realidade dos fatos é que a carta enviada continha todas as informações usuais, inclusive as relativas a risco sacado. No entanto, ao receber a carta, a Americanas pediu ao banco que a substituísse, excluindo as informações relacionadas ao risco sacado, o que foi prontamente negado. Como resposta à negativa do banco, em 31/1/2017 a administração da Americanas solicitou, por escrito, o envio do detalhamento de certas operações relacionadas na carta original, solicitação esta que não abrangia as informações sobre risco sacado. Em resposta a esse segundo pedido, o Itaú encaminhou documento adicional, fazendo referência à carta original, que inclusive seguiu anexada ao segundo relatório, de modo que toda a informação solicitada desde o início do processo estivesse disponível para auditoria. Portanto, em mais uma ação que demonstra má fé na condução deste caso, a empresa e seus advogados tentam criar versões inverídicas que buscam afastar a única e exclusiva responsabilidade da sua administração, incluindo diretoria e conselho, pela elaboração e exatidão das demonstrações financeiras.”, diz a nota do Itaú.