O deputado estadual Tiago Correia (PSDB) classificou as invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em áreas de uma empresa de celulose no sul da Bahia “de movimento político”. As áreas foram ocupadas pelos membros do movimento desde o último dia 27 de fevereiro, que estão nas três fazendas da Suzano Celulose, no extremo sul da Bahia.
“A maioria não tem nada a ver com o movimento rural. Neste caso é muito mais político. Logo após retorno de um governo de esquerda ao poder, isso volta a ocorrer. Não podemos tolerar e sermos flexíveis com a criminalidade e o terrorismo no campo, pois isso é um crime e precisa ser combatido”, pontuou.
Nesta quinta-feira (2), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o governo tentará “resolver pelo diálogo”, não criticou a invasão, e disse que entrará em contato com o MST “sugerindo a eles [integrantes do movimento] que possam negociar” com a empresa Suzano.
“O ministro tem uma postura pró-MST. Concordo com o diálogo, mas não dando ao grupo criminoso uma ‘sugestão’ para negociar com a empresa. No que o Ministério deveria de fato se concentrar é na distribuição dos títulos às famílias já assentadas que não tem segurança jurídica sobre a propriedade dos seus lotes e, sequer, podem tomar um financiamento agrário. Não ficar favorecendo novas invasões”, completou Correia.