Da Redação
O pedido de criação da CPI do MST na Assembleia Legislativa da Bahia, formulado pelo deputado Leandro de Jesus (PL), ganhou nesta quarta-feira (12) o apoio de mais um deputado da base do governo estadual: Eduardo Salles (PP). Com o pepista, já somam 11 o número de assinaturas de parlamentares que dão sustentação ao Executivo estadual na Casa.
O requerimento pedindo a instalação da comissão já tem 30 assinaturas no total. Em conversa com a imprensa, o presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), disse que o documento está em análise na Procuradoria Jurídica, seguindo o rito.
Visivelmente nervoso ao tratar do tema, Adolfo negou que esteja recebendo pressão do governo para impedir a instalação da CPI. Ele, inclusive, é um dos signatários do pedido, embora não tenha o feito eletronicamente ainda. Nesta terça (11), o presidente da Casa prometeu a deputados da oposição que iria instalar o colegiado.
“Estivemos ontem com o presidente e ele nos garantiu que a CPI será instalada, que está tudo em ordem com o requerimento. Então estamos confiando nisso. Somos a favor da reforma agrária dentro da lei, do planejamento e da técnica, e não com práticas criminosas e violentas. Precisamos de segurança jurídica no campo”, declarou ao Toda Bahia o líder do União Brasil na Assembleia, deputado Marcinho Oliveira.
O líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), garantiu que não articula pela retirada de assinaturas do requerimento. “Apostamos que a Procuradoria Jurídica irá pedir à Mesa Diretora que não instale a CPI porque não há fato determinado. Invasão de terra ilegal é uma questão de polícia. O MST não é um movimento criminoso, como disse o deputado Leandro de Jesus de forma equivocada, mas sim de cidadania”.