O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) se defendeu das cobranças e críticas de ACM Neto, sobre a sua gestão. O gestor afirmou que não é contra a cobrança, mas que também espera que o ex-prefeito proponha soluções.
“Não vi nenhuma mobilização na condição de oposição e o respeito à oposição. Mas eu já fui oposição. Recentemente estava em oposição ao governo federal. E lembro que quando eu estava secretário de Educação do Estado da Bahia, nós passamos por uma pandemia e nós juntamos os vinte e sete secretários de educação dos estados e pedimos uma pauta pra o Governo Federal, pra chegar lá mesmo sendo oposição, nós temos aqui uma proposta, pra gente enfrentar nessa pandemia a educação. A gente não fugiu, a gente não ficou escondido atrás de uma roupa de caminhada, de fazer malhação e ficar de vez em quando soltando uma manifestação dessa. Nós fomos pra cima. Quando eles disseram que nenhum dos cinco ministros nos recebeu, a gente teve que se virar sozinho. E assim nós fizemos. Eu gosto quando a oposição vem fazendo a crítica, mas vem com posição. Eu gostaria que ele também pudesse fazer a crítica, tem que fazer, é liberdade, é democracia, mas eu gostaria que ele pudesse dizer, ‘olhe, governador, tá aqui ó, três ou quatro casos, vamos tentar resolver, tá falhando, precisamos correr com isso’”, disse em entrevista ao bahia.ba durante O Diálogo com os Coordenadores Pedagógicos da Rede Pública de Ensino do Estado da Bahia, no Hotel Fiesta, no Itaigara.
Jerônimo ainda criticou a conduta de Neto nas redes sociais, onde tem realizado publicações com balanços do seu governo. Ele também fez um convite ao ex-prefeito e pediu para que parasse de usar situações sérias da população para “fazer política”.
“Eu faço o convite, não tenho problema não, se ele quiser ir comigo no interior ver os hospitais, ver as policlínicas, vamos lá com a gente, vamos trabalhar. Oposição que fica malhando no Cristo, na Barra de tarde e de noite fica soltando esse tipo de (crítica). Eu não vou permitir é que usem vida de pessoas com situações graves de saúde ou se for de violência pra poder fazer a política em cima disso. Bota pra cá que a gente vai cuidar, nós estamos fazendo o esforço grandioso. Ele (Neto), pode ajudar a gente, chama os prefeitos dele, os de Feira de Santana, por exemplo, os de Camaçari. Seu dever pra poder a atenção básica acontecer, a gente poder reduzir a quantidade de crianças, que ao invés de estar numa atenção básica numa UPA, tem que ir direto pra um hospital. Então não fico chateado com isso, não. Acho que a oposição eu vou respeitar sempre. Agora não quero discutir o formato como se faz. Não dá pra gente ficar utilizando vida de pessoas poder fazer, ele pode mandar uma mensagem pra secretária de saúde, embora resolver, se tem mais de um caso não conseguir, vamos achar saída pra isso”, disse.