Mídia, Colonialismo e Imperialismo Cultural é o tema do livro que será lançado no dia 12 de setembro, a partir das 17h, no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador. De autoria de Richard Santos, na obra “Mídia, colonialismo e imperialismo cultural”, lançamento do selo Pensamento Negro Contemporâneo em parceria com a Editora Telha, vemos como a televisão brasileira, sua forma de fazer, estética e branquitude contribuíram na formação do imaginário nacional muito por copiar e reproduzir por aqui o modelo de TV praticado nos Estados Unidos. A obra foi escrita pelo jornalista, escritor, rapper e doutor em Ciências Sociais Richard Santos, figura icônica dos anos 1990/2000 no cenário cultural brasileiro e docente da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
“Esse meu percurso que mistura o prático e o acadêmico, sendo um homem negro, de origem periférica, me fez compreender as nuances da indústria cultural e como ela impõe as imagens de controle sobre nossas presenças e limitam nossos corpos no espaço público que é a tela da televisão, e do vídeo de modo geral. Não foram poucas as vezes que me recusei a fazer papeis estereotipados nos grandes veículos em que tive a oportunidade de entrar.” – Richard Santos, comunicador, professor e escritor
Em seu novo livro, “Big Richard”, como é chamado por quem o conheceu por ser pioneiro no Hip Hop, analisa como a hipótese da criação de um discurso emancipatório e contra hegemônico em relação às políticas de mercado e da indústria cultural poderiam alterar a situação da TV pública nacional que tem papel de ajudar na formação cultural e como cidadão do público que a assiste. E isso em todos os seus níveis, incluindo quem apresenta tais programas. “Mídia, colonialismo e imperialismo cultural” analisa ainda a relação da televisão e os anseios da chamada ‘Maioria Minorizada’. Aqui o autor investiga o processo histórico de importação dos modelos estadunidenses de fazer televisão, faz uma comparação com a Argentina para apontar que é um modelo imposto pelas políticas de dominação do EUA na região, e isso, segundo o autor, será definidor do estereótipo que domina as mídias da região, e brasileiras em especial.
A mesa do evento contará com a participação do presidente da Comissão de Cultura, o vereador Sílvio Humberto (PSB), da secretária estadual da Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia – SEPROMI, Ângela Guimarães e do autor da obra. Na oportunidade o público poderá adquirir livros e receber autógrafos.
Sobre o autor
Richard Santos é escritor, pesquisador, docente e extensionista da Universidade Federal do Sul da Bahia. Está pró-reitor de Extensão e Cultura da UFSB. É credenciado à Pós-graduação em Ensino e Relações Étnico-raciais. Coordena o Grupo de Pesquisa Pensamento Negro Contemporâneo e o Programa de Extensão Jornada do Novembro Negro. Propôs e coordenou a criação do curso Bacharelado em Jornalismo da UFSB. Tem uma carreira pregressa como artista multimídia, conhecido como Big Richard. É doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em Comunicação pela Universidade Católica de Brasília.
É membro da INTERCOM, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em Comunicação, e da Latin American Studies Association, LASA. É autor dos livros Maioria Minorizada - Um dispositivo analítico de racialidade (2020) e Branquitude e Televisão - A nova África (?) na TV pública (2ª edição, 2021), ambos publicados pela Editora Telha. É membro do RESPEITAR (Centro de Referência em governança para a equidade, antidiscriminacao e sustentabilidade social).
Mais dados sobre a obra – Editora Telha – Selo Pensamento Negro Contemporâneo