Quatro jovens acusados de participar de uma chacina que deixou seis mortos no município de Itabela, em outubro de 2021, foram condenados a cerca de 200 anos de prisão.
Na sentença, assinada pela juíza Tereza Júlia do Nascimento, da Vara Criminal de Itabela , os réus Antônio Carlos Santos Vasconcelos (apontado como mentor do crime) e Nathan Glaubert Santos de Jesus receberam a maior pena, estipulada em 208 anos, 8 meses de reclusão e 194 dias-multa.
Durante o julgamento, ocorrido no final do mês de agosto deste ano, a Justiça entendeu que o crime foi motivado pela intenção de roubar R$ 120 mil em espécie, que o quarteto acreditava que uma das vítimas, Gean Vieira da Silva, teria recebido como herança.
Antônio Carlos Santos Vasconcelos, que tinha 21 anos na época da chacina, é filho de uma advogada que havia sido contratada por uma das vítimas.
Os réus foram julgados por diversos crimes:
latrocínio consumado por seis vezes (contra vítimas que morreram);
latrocínio tentado por quatro vezes (contra crianças sobreviventes);
latrocínio e corrupção de menor (pela participação de um menor no crime, que está foragido).
Antônio Carlos Santos Vasconcelos, condenado por planejar a chacina, se apresentou à polícia no dia 20 de novembro de 2021, e desde então estava preso. Um dia antes, a polícia fez uma operação e prendeu os três três jovens.
Foto: Arquivo / VIA41
O chacina ocorreu às margens da BR-101, próximo ao distrito de Montinho. Segundo um parente das vítimas, que não quis se identificar, na ocasião, quatro homens chegaram em um carro e disparam tiros. Doze pessoas estavam no barraco, entre elas quatro crianças. Três pessoas morreram na hora.
As vítimas foram identificadas como Aliete Souza das Mercês, de 46 anos, o marido dela, Gean Vieira da Silva, de 42, e Edson da Silva Pereira, de 42 anos, que era vizinho do casal. Simoni Souza das Mercês, de 30 anos, morreu antes de chegar no hospital e uma criança de 11 anos morreu no dia seguinte ao ataque. Uma idosa também morreu, mas não há detalhes sobre a identidade dela.
Foto: Arquivo
O crime ainda teve como vitimas uma mulher e suas quatro filhas de dois e um ano (gêmeas) e um bebê de um mês de vida, que sobreviveram a chacina.