Conquista tem mais de 100 casos de violência sexual contra crianças em 2023




Da Redação

Terceira maior cidade da Bahia, Vitória da Conquista registrou mais de 100 casos de violência sexual contra crianças no 1° semestre de 2023. O Portal G1 Bahia informa que, segundo a Polícia Civil, na maioria dos casos, os abusos foram cometidos por parentes ou pessoas próximas à família.

“Na realidade, a gente acredita que essas crianças e esses adolescentes estão precisando de uma proteção maior dentro das suas casas. Toda vez que a denúncia chega na gente, a vítima já foi abusada cotidianamente”, disse a delegada do Núcleo de Defesa da Criança e Adolescente, Rosilene Moreira.

“Qualquer ato que simule uma conotação sexual, um beijo lascivo, pegar nas partes íntimas, convidar uma criança para uma situação de sexo, são crimes e devem ser denunciados”, explicou a delegada.

O Centro Integrado dos Direitos da Criança e do Adolescente de Vitória da Conquista é a rede de proteção e de apoio no município. No local, funcionam vários serviços, entre eles o da escuta protegida.

“Antigamente essa escuta era feita dentro da sala de audiência, onde todos os operadores do direito estavam presentes, e que não era um ambiente inadequado para a criança e adolescente”, afirmou a entrevistadora forense Sílvia Azevedo.

Durante a escuta protegida, crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência contam com atendimentos que garantem a proteção durante todo o processo judicial.

Segundo os órgãos de segurança, a maioria das crianças que são abusadas sexualmente não sabe diferenciar afeto de abuso. Para mudar essa realidade, especialistas apontam que é preciso abordar a educação sexual com as vítimas, como forma de prevenção.

De acordo com os especialistas, além de abordar aspectos comportamentais e de saúde, a educação sexual também ajuda crianças a identificarem casos de abusos dentro e fora de casa.

“A maior parte das crianças que passam pela violência são violentadas mais de uma vez. Os abusos sexuais são feitos de forma reiterada”, explicou a entrevistadora forense Sílvia Azevedo.
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