A safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) deve alcançar 12.147.984 toneladas neste ano de 2023 — um crescimento recorde e 6,9% superior ao do ano passado. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado nesta terça-feira (10).
Em comparação ao ano passado, o algodão herbáceo é o grão com a maior previsão de crescimento de safra na Bahia, tanto de forma absoluta, quanto relativa. Neste ano, o estado deve colher 1.741.230 toneladas de algodão, 29,1% a mais do que em 2022, quando a produção foi de 1.349.109 toneladas (mais 392.121 toneladas).
Esse aumento se dá tanto pela maior área plantada, que passou de 290,4 mil para 363,0 mil hectares (+25,0%), quanto o avanço no rendimento médio, que passou de 4.646 para 4.797 kg/hectare (+3,3%).
Já o principal produto agrícola da Bahia, a soja, deverá ter o segundo maior crescimento absoluto na safra, frente a 2022, passando de 7.240.680 para 7.565.940 toneladas, que representam 62,3% de toda a safra de grãos baiana prevista em 2023.
O aumento de 325.260 toneladas ou 4,5% frente a 2022 na safra de soja se deu, exclusivamente, pelo aumento da área plantada, que passou de 1,823 milhão para 1,905 milhão de hectares. O rendimento médio permaneceu igual, 3.972 kg/hectare.
No Brasil como um todo, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 318,1 milhões de toneladas. Trata-se de um valor 20,9% maior, representando mais 54,9 milhões de toneladas colhidas frente a 2022 (263,2 milhões de toneladas). Na comparação com o previsto em agosto, houve alta de 1,5%, com acréscimo de 4,8 milhões de toneladas.
A partir das informações da estimativa de setembro, a Bahia segue, em 2023, com a sétima maior produção de grãos do país, sustentando participação de 3,8% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança, com 31,3% da safra brasileira de grãos, seguido por Paraná (14,8%) e Goiás (10,1%).