Combates em Gaza provocam fuga de mais de 200 mil pessoas para o sul




Da Redação

Os combates entre as tropas israelenses e as forças do Hamas no norte da Faixa de Gaza provocaram a fuga de mais 200 mil pessoas para o sul do enclave nos últimos dez dias, informou nesta terça-feira o gabinete humanitário da Organização das Nações Unidas (OCHA-ONU).

Segundo o gabinete, só um hospital no norte do território tem capacidade para tratar doentes.

Alguns dos combates ocorrem em torno dos hospitais, onde os doentes, os recém-nascidos e os médicos ficam retidos, sem eletricidade e com poucas provisões.

Nas últimas horas, a aviação israelense destruiu cerca de 200 “alvos terroristas”, enquanto a as forças navais atacaram um campo militar utilizado pela unidade naval do Hamas para “treino e armazenamento de armas”, informou o Exército.

Israel reiterou a acusação contra o Hamas pela utilização de hospitais como cobertura para os combatentes, alegando que o principal centro de comando está instalado no hospital de Shifa.

Tanto o Hamas quanto os médicos do hospital negam as alegações.

Por outro lado, a zona sul de Gaza mantém-se insegura porque Israel faz frequentes ataques aéreos contra alvos que diz serem militantes mas que, muitas vezes, atingem civis, incluindo crianças.

A cidade de Gaza, a maior área urbana do território, é o centro da campanha militar de Israel contra o Hamas, na sequência da incursão do grupo no sul do país, no dia 7 de outubro, que desencadeou a guerra.

Mais de 1.200 pessoas morreram em Israel, a maioria durante o ataque do Hamas, e cerca de 240 reféns foram levados para Gaza pelas forças do movimento que governa o enclave.

Mais de 11 mil palestinos, dois terços dos quais mulheres e menores, foram mortos desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, e 2.700 pessoas são consideradas desaparecidas.

Nessa segunda-feira, o Exército israelense anunciou a morte de mais dois soldados nos combates na Faixa de Gaza, elevando para 46 o número total de soldados mortos no território desde o início da guerra contra o Hamas.
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