Bloco Afro mais antigo do Brasil, o Ilê Aiyê completa 50 anos em novembro deste ano. As comemorações, contudo, não se resumem apenas a Salvador, sua terra natal. Em Ilhéus, blocos afro e afoxés têm no Ilê a sua maior referência na luta contra o racismo, com repertório voltado ao enaltecimento das raízes africanas na cultura nacional.
Dentre os grupos que se apresentam no circuito do Carnaval Cultural, o Afoxé Filho de Ogum e os blocos afro Levada da Capoeira, Rastafari, Mini Congo e Dilazenze ganham destaque, trazendo à tona o canto, a dança e a força da cultura afro-brasileira. Ao som de tambores, agogôs, maracás, surdos e repiques, o público segue embalado pelo ritmo contagiante e o colorido herdado dos ancestrais africanos.
A Prefeitura, por sua vez, compreende que o carnaval possui uma função histórica e social. Para além da folia, é uma manifestação cultural, instrumento de resistência do povo negro e uma oportunidade de os grupos apresentarem o trabalho que desenvolvem ao longo do ano.
A Avenida Soares Lopes tem sido palco do carnaval de rua, da mistura e dos encontros. Apoiadas pelo Município, as festas de bairros também se tornaram redutos da cultura carnavalesca, com desfile de blocos infantis e blocos tradicionais, a exemplo do Zé Pereira, 20 te Comer e Muringuetes, e espaço de valorização de artistas e bandas conhecidas da região.
O Carnaval Cultural segue nesta terça-feira (13), com as seguintes apresentações:
- Salobrinho, até às 19h;
- Nelson Costa, até às 21h;
- Condomínio Sol e Mar, das 14h às 18h (Bloco Sol & Mar Folia e Simone Lessa);
- Conquista, das 15h às 18h (Bloco Chap Chap e Axé Beach);
- Condomínio Sol e Mar, das 16h às 20h (Bloco Pipoquinha e Mikelle);
- Avenida Soares Lopes, das 19h às 22h30 (Bloco Afro Mini Congo, Bloco Afro Dilazenze, Jeito Bom, Alan Diniz e Via de Acesso);
- Pontal, das 19h às 01h (Bar do Jorginho – Banda);
- Olivença, à meia-noite (Top Gan)