Após declarar que as obras da ponte Salvador-Itaparica tem mais de 90% de viabilidade com o início da sondagem para a construção, o secretário da Casa Civil, Afonso Florence (PT), comentou com o bahia.ba sobre as negociações da construção da ponte Salvador-Itaparica. “Todos os sinais são de que falta pouco para o anúncio definitivo da obra”, disse o secretário durante a abertura do Carnaval nesta quinta-feira (8), no circuito Osmar (Campo Grande).
Florence aponta a pandemia como um fator que exigiu um requilíbrio de contrato das obras da ponte e afirma que está ainda mais animado com o andamento das negociações. “O fato é que um contrato assinado em 2020, no meio da pandemia, teve que esperar o período acabar para a sua execução. O término da pandemia veio acompanhado de uma profunda recessão que exigiu um reequilíbrio de contrato. Mas no contrato só estava previsto o reajuste. Entenda: Milhares de itens, cada parafuso, cada tipo de brita, de gravilhão de máquina a ser usada. Antes no contrato era só reajuste pelo IPCA, agora não”, explica.
O secretário diz que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) autorizou um parâmetro para reequilíbrio. “Viemos negociando no ano de 2023, fizemos uma renegociação também do chamado Cáperes, quer dizer, do valor de investimento diluído ao longo do tempo. Essa negociação foi feita através de uma comissão de solsono e controvérsia que faz 15 dias da próxima segunda, que encerrou seus trabalhos. Nós já inquirimos a comissão, a comissão é composta de três membros, um da empresa, um do Poder Concedente do Governo e um intermediário. Nós temos expectativa de que chegaremos a um acordo tanto de investimento, aditivo de valor, digamos assim, aditivo de sondagem, aditivo de prazo, de depósito que a empresa deve fazer, a empresa deve fazer um pagamento e investi a Zimbaía. A empresa deve assinar o fundo garantidor e com isso então teremos concretizado a negociação. A negociação não está concluída formalmente de todo”, explica.
O início do processo de sondagem da empresa é visto como um sinal positivo pelo secretário, que define como uma demonstração de que apesar da negociação, a empresa e o governo avaliam como “irreversível a situação de obra”. “É importante destacar que antes tínhamos Lula, depois Dilma, depois Temer e Bolsonaro. Temer e Bolsonaro deterioraram as relações globais e bilaterais com a China, especialmente Bolsonaro. E com Lula de volta e Jerônimo dando continuidade à Rui, surgiu um novo ambiente diplomático que facilitou tudo, inclusive econômico e político do Brasil, internamente no Brasil”.
O chefe da Casa Civil também aponta como fator positivo uma melhora na economia: “Há uma queda da taxa de juros, há uma queda da inflação. Então, todos os sinais são de que falta pouco para o anúncio definitivo da obra, mas, se eu puder fazer um prognóstico, é que a obra acontecerá. Se não acontecer, faremos, como no caso do VLT, faremos uma rescisão amigável e imediatamente publicaremos a nova licitação”.