Os revendedores da Apple (AAPL) na China estão cortando o preço dos modelos do iPhone 15 em até US$ 180, o que sinaliza uma queda excepcionalmente prolongada na demanda, de acordo com informações do portal Bloomberg Línea.
Os aparelhos iPhone 15 Pro Max estão sendo vendidos a preços que são 1.300 yuans (US$ 180) mais baixos do que os originais na Tmall, e-commerce do Alibaba Group (BABA).
É uma queda mais acentuada do que o desconto de cerca de US$ 120 que a empresa ofereceu em sua linha de smartphones na mesma época do ano passado, e há reduções semelhantes na plataforma online da JD.com. A própria loja da Apple vende os aparelhos a preços originais, o que leva a uma espécie de guerra de preços para fazer as vendas deslancharem.
A última geração do iPhone não alcançou a popularidade habitual da série principal da Apple na China. Desde o seu lançamento em setembro do ano passado, a família iPhone 15 ficou abaixo das vendas de seus antecessores, devido a uma combinação de dificuldades econômicas em todo o país, bem como ao surpreendente ressurgimento do negócio de smartphones da Huawei Technologies.
“A Apple está acompanhando a tendência de ‘deflação’ na China, com a intenção de aumentar a demanda por iPhones. Com base nos dados preliminares de janeiro da IDC, a pressão era proveniente principalmente de outros fornecedores de dispositivos Android, pois vimos a Apple cair cerca de 10% em relação ao ano anterior no mês, enquanto a Huawei cresceu três dígitos no mesmo período” disse Will Wong, analista da IDC.
As vendas da Apple na China caíram 13%, batendo US$ 20,8 bilhões no trimestre encerrado em dezembro. Isso ficou muito aquém dos US$ 23,5 bilhões previstos pelos analistas e foi o desempenho mais fraco da Apple para esse período no país, um de seus principais mercados, em anos.
“A Apple está oferecendo um preço promocional de curto prazo a canais de terceiros como uma promoção antecipada para o Dia Internacional da Mulher. Observamos que as vendas do iPhone no mercado chinês estão se tornando cada vez mais dependentes de promoções”, disse Ivan Lam, da Counterpoint Research.