Minas Gerais descobre vocação para o cultivo de cacau

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Ainda tímido no Estado, cultivo tem potencial na região para geração de emprego e renda. | Crédito: Adobe Stock


Alimento sagrado para os mesoamericanos, moeda de troca no Brasil colonial e atualmente fonte de oportunidades. Ao longo dos anos, o cacau vem reafirmando sua relevância no mercado e, desta vez, desponta em regiões não tradicionais de cultivo, como no Norte de Minas Gerais.

Somando atualmente uma área plantada superior a 400 hectares, a produção de cacau no Estado está presente em cidades como Janaúba, Jaíba e Matias Cardoso, além de novas áreas em implantação no município de Pirapora. A expectativa para os próximos anos é que a região se transforme em um polo de produção de cacau com cerca de 10 mil hectares.

Para colocar em prática esse objetivo, há cerca de dez anos, pesquisadores vêm estudando o cultivo do fruto na fazenda experimental da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Nesse trabalho, que envolve professores, alunos e parceiros, são realizados estudos, que adaptados à tecnologia e produção local, mostram resultados otimistas, como a adoção do cultivo a pleno sol.

A técnica, segundo o professor Victor Maia, é independente da plantação de outros cultivares, diferenciando-se do sistema mais adotado no País, o “cabruca” (quando o plantio do cacau é sob a sombra das árvores nativas). “Pelo fato de ser a pleno sol e com adoção de novas tecnologias, conseguimos produtividade até 10 vezes acima da média das regiões tradicionais, como no sul da Bahia e Pará”, afirma.
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