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Da Redação
A ditadura da Nicarágua decidiu expulsar do país o embaixador do Brasil em Manágua, Breno de Souza da Costa, em retaliação ao congelamento das relações entre os dois governos desde que o presidente Lula (PT) tentou interceder pela liberação de um bispo católico perseguido pelo regime.
O jornal Folha de São Paulo informa que o distanciamento entre Lula (PT) e o ditador Daniel Ortega se aprofundou desde que o petista tentou intermediar a soltura do bispo Rolando José Álvarez —que ficou detido por mais de 500 dias e acabou expulso do país centro-americano em janeiro. O ditador nicaraguense ignorou Lula e nem sequer respondeu a um pedido de telefonema para tratar do assunto.
De acordo com um alto funcionário do Itamaraty, que falou sob condição de anonimato, o aviso do regime Ortega de que Breno deveria deixar o país foi dado há cerca de duas semanas. O ministério das Relações Exteriores fez gestões junto à Nicarágua para esclarecer a decisão e, segundo o funcionário, aguarda uma manifestação definitiva de Manágua.
A chancelaria brasileira avisou as autoridades locais que haverá consequências caso a ordem de expulsão seja confirmada. O embaixador Breno de Souza da Costa está em Manágua e ainda não deixou a Nicarágua.
A notícia de que Breno recebeu ordem das autoridades nicaraguenses para deixar o país foi publicada nesta quarta-feira (7) pelo site Divergentes, especializado em temas locais e de outros países da América Central. A Folha confirmou a informação.
O site também disse que o regime Ortega deu 15 dias para que Breno deixasse a Nicarágua. Sobre esse ponto, um interlocutor no governo Lula disse que o comunicado da ditadura sobre a expulsão de Breno não trouxe um prazo para isso, razão pela qual o Itamaraty viu espaço para tentar dialogar. Clique aqui para ler a matéria completa da Folha de São Paulo.