Família Garotinho vive guerra política, com briga entre irmão desabafos públicos e disputa por poder

 

Foto: Divulgação


Da Redação

O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho tem confidenciado a amigos que o filho busca ser um líder político e, para isso, isolou o pai em Campos, seu reduto eleitoral. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a reportagem, Wladimir, filho do ex-governador, teria cooptado aliados e impedido Garotinho de formar nominatas de candidatos a vereador em siglas que fazem parte da base de sua gestão.

Ainda de acordo com O Globo, interlocutores do ex-governador dizem que Garotinho se ressente também de o filho, candidato à reeleição, não ter delegado a ele a articulação política do governo. Já aliados de Wladimir afirmam que o prefeito quer ter vida política própria, sem interferência do pai que, para seu grupo, “exagera no jeito beligerante”.

Garotinho perdeu o controle do diretório municipal do PL em Campos, partido que abrigaria seus aliados nas eleições deste ano. Numa articulação que passou pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Wladimir indicou a executiva local, levando a sigla à base de seu governo.

Garotinho havia acertado o controle do diretório com outros caciques da direção estadual, mas perdeu a queda de braço para o filho, que inviabilizou seus planos. O ex-governador encontrou abrigo no Republicanos, legenda pela qual disputará vaga na Câmara Municipal do Rio.

Wladimir ainda teria contribuído para afastar o pai do governador Cláudio Castro (PL), seu aliado. Adversários do prefeito vão além nas críticas e afirmam que aliados dele teriam contribuído para inviabilizar juridicamente Garotinho. Até o ano passado, o ex-governador estava inelegível.

A briga entre pai e filho, que alimentava rodas de conversas em Campos, veio a público no estado pelas redes sociais após Rosinha . Ela tem confessado a amigos a angústia de ver os desentendimentos. Ela postou mensagens direcionadas, indiretamente, a Wladimir. Evangélica, recorreu a trechos bíblicos para falar de “sua dor”.

Clarissa, distante do irmão há um ano, apoiou a mãe num comentário: “É triste, mas te entendo. Infelizmente nem tudo pode ser escrito. Fica bem!”. Clarissa e Wladimir se afastaram após o prefeito ser contra a candidatura da irmã ao Senado em 2022. Ele apoiava o petista André Ceciliano e, segundo interlocutores, cobrava da irmã a reeleição para a Câmara dos Deputados, uma forma de garantir a manutenção do envio de emendas parlamentares a Campos.

Por outro lado, há queixas de que nem sempre verbas indicadas por Clarissa foram creditadas pela administração municipal a ela, prejudicando a relação dos dois.
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