A região em que estava o avião da Voepass Linhas Aéreas que caiu nesta sexta-feira (9) em Vinhedo (SP) tinha alerta para a formação de gelo severo, exatamente no nível em que a aeronave estava no momento em que perdeu contato com o radar. De acordo com informações do Flightradar24, a aeronave estava a 17 mil pés pouco antes do acidente.
Informações da Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica mostram avisos sobre o fenômeno a partir das 8h30 até ao menos as 20h20 desta sexta para as altitudes entre 12 mil e 21 mil pés.
Maurício Franklin Pontes, gestor de crise da C5I Crises Consulting e investigador de acidentes aeronáuticos, afirma que o alerta não pode ser considerado um fator contribuinte para o acidente de forma prematura. Ela diz que as aeronaves comerciais têm sistemas de degelo nos motores e nas asas.
“Por si, esse reporte não deve ser considerado prematuramente uma evidência. Ainda que possa haver alguma contribuição meteorológica, existem alternativas mecânicas e operacionais para mitigação de condições adversas”, afirmou ele.
Nas primeiras horas após o acidente, especialistas em aviação ouvidos pela Folha levantaram duas hipóteses principais para o caso com base nos primeiros detalhes, ressaltando que é cedo para determinar as causas.