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Da Redação
A penúltima pesquisa do Datafolha antes do primeiro turno em São Paulo mostra um empate técnico entre Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) nos votos válidos — que desconsideram brancos, nulos e indecisos, como faz a Justiça Eleitoral na apuração oficial dos resultados. O psolista atinge 29% das intenções por esse cálculo, contra 26% do atual prefeito e 26% do ex-coach. A margem de erro de é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos.
Na pesquisa estimulada, Boulos oscilou de 25% para 26%. Nunes variou três pontos para baixo em uma semana, de 27% para 24%. E Marçal avançou três pontos para cima, passando de 21% para os mesmos 24% de Nunes. No levantamento divulgado pela Quaest na segunda-feira, os três também apareciam em situação de empate técnico.
A pesquisa estimulada mostra uma variação positiva nas intenções de voto da deputada Tabata Amaral (PSB), que agora encabeça sozinha o segundo pelotão, com 11% (eram 9% há uma semana). José Luiz Datena (PSDB) variou de 6% para 4%, enquanto Marina Helena (Novo) tem 2%. Brancos e nulos somam 6% dos eleitores de São Paulo, e outros 3% dizem ainda não saber quem apoiarão.
O Datafolha entrevistou 1.806 eleitores entre terça e quinta-feira, e capta reações dos eleitores aos dois últimos debates. O equilíbrio demonstrado a três dias do voto reforça a importância do evento desta noite, último grande palco para os candidatos se apresentarem ao eleitorado. O novo encontro entre os adversários, organizado pela TV Globo, começa às 22h.
Nunes reforçou na última semana seus acenos ao empresariado e tem buscado extrair o máximo de sua relação com o governador Tarcísio Freitas (Republicanos). Em suas propagandas no rádio e na TV, não deixou de lado os ataques a Marçal, com quem disputa espaço entre os eleitores de direita. Uma de suas inserções recentes destaca declarações consideradas machistas do ex-coach, buscando aprofundar a rejeição do eleitorado feminino ao adversário.
Marçal anunciou duas mulheres para seu eventual secretariado num gesto que busca atrair de volta esse mesmo segmento. O ex-coach deixou um pouco de lado as agendas de rua para fazer reuniões fechadas, e tem a seu favor a possibilidade de aparecer mais que seus adversários nesta reta final de campanha já que é quem mais tem público nas redes sociais e o horário eleitoral termina hoje.
No campo da esquerda, Boulos e Tabata passaram a travar uma disputa sobre a narrativa do “voto útil”. Um grupo de artistas e intelectuais que apoiam o psolista defendeu em manifesto o voto em Boulos para evitar um segundo turno com dois “bolsonaristas”, tese que Tabata rechaça ao afirmar que o adversário não tem chances em um eventual confronto com o atual prefeito.
A pesquisa foi contratada pela TV Globo junto ao jornal “Folha de S.Paulo” e está registrada na Justiça Eleitoral sob o código SP-09329/2024.