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Da Redação
Em uma eleição duríssima, como ficou evidente durante a apuração, o ex-secretário estadual de Relações Institucionais Luiz Caetano (PT) foi matematicamente eleito neste domingo (27) prefeito de Camaçari, município da Região Metropolitana de Salvador (RMS). Com 99,81% das urnas apuradas, ele recebeu 50,92% dos votos válidos, contra 49,08% do vereador Flávio Matos (União).
Luiz Caetano já havia derrotado Flávio Matos no primeiro turno, por uma margem apertada de votos: 49,52% contra 49,17%. Em terceiro lugar ficou o postulante do MDB, Oswaldinho, com 0,71% – no inédito segundo turno em Camaçari, o emedebista declarou apoio ao petista.
No começo da apuração de hoje, Flávio Matos largou na frente, mas foi ultrapassado por Luiz Caetano com cerca de 20% das urnas apuradas. A partir daí, o petista não deixou a dianteira, mantendo em média dois mil votos de frent.
A eleição em Camaçari foi marcada por trocas de acusações gravíssimas. Luiz Caetano acusou Flávio Matos e o atual prefeito da cidade, Antonio Elinaldo (União), de quem o vereador é aliado, de praticarem “agiotagem” no Executivo municipal. Em um debate esta semana, o petista também acusou os adversários de terem sequestrado uma eleitora e de ameaçarem servidores.
Flávio Matos e Elinaldo, por sua vez, acusaram Caetano de se associar ao tráfico de drogas e de utilizarem a Polícia Militar para intimidar eleitores. As acusações foram endossadas pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), e pelo antecessor ACM Neto (União), apoiadores de Flávio. Neste sábado (26), Neto foi, inclusive, obrigado pela Justiça Eleitoral a divulgar um direito de resposta do petista nas próprias redes sociais por conta das acusações.
Luiz Caetano, que contou com a presença do presidente Lula (PT em um comício no segundo turno, já foi prefeito de Camaçari em três oportunidades (de 2005 a 2012 e de 1985 a 1988). Esta será, portanto, a quarta vez em que comandará a Prefeitura do segundo município mais rico do Estado. A primeira-dama será a deputada federal Ivoneide Caetano (PT), derrotada na eleição municipal de 2020, quando tentou ser prefeita, na reeleição de Elinaldo