Mineração baiana fatura R$ 2,4 bi no terceiro trimestre e tem expectativa de investimento na casa de R$ 9 bu



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Da Redação

A Bahia aparece na terceira colocação em relação ao investimento no setor de minérios, com a expectativa de receber US$ 9 bilhões nos próximos anos, o que representa 16% dos US$ 64,5 bilhões que estão previstos para acontecer até 2028. As informações são da coluna Farol Econômico, do jornal Correio*.

Segundo a publicação, um dos investimentos que deve entrar nestas contas em breve é o de um projeto para a produção de minério de ferro em Urandi, no Centro Sul da Bahia. Um grupo inglês está buscando alternativas para movimentar 4 milhões de toneladas de minério por ano. Os investidores já conversaram com representantes da VLI, mas sonham mesmo é com a Fiol.

No cenário nacional, a mineração brasileira alcançou um saldo comercial de US$ 8,74 bilhões, valor equivalente a 50% da diferença entre todas as exportações e importações do país.

Em entrevista à coluna, o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, avaliou que o resultado contribuiu para amenizar a queda do saldo da balança comercial, que foi de -35%, caindo de US$ 26,99 bilhões para US$ 17,51 bilhões entre o 3T23 e o 3T24.

Com mais de 221 mil empregos diretos (e mais de 2 milhões indiretos), o setor mineral gerou 8.786 novas vagas entre janeiro e agosto de 2024. Com um faturamento de R$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, a Bahia encerrou o período como o quarto estado minerador do país.

Ainda na entrevista, o presidente do Ibram acredita que o resultado da indústria da mineração reflete diretamente no desempenho da economia brasileira. Para ele, se a mineração tiver segurança jurídica, previsibilidade com estabilidade de regras e menos custos, vai responder com relevantes contribuições para dinamizar os indicadores econômicos.

Jungmann fez referência à discussão no Senado Federal sobre a regulamentação da reforma tributária, que poderá forçar a mineração a recolher o imposto seletivo, um custo extra para a atividade. Como o setor já recolhe uma compensação pelos seus impactos, o temor é que a atividade perca competitividade internacional graças ao tributo é direcionado apenas a bens que podem causar problemas à saúde ou à vida, como bebidas, cigarros, armas, entre outros.

“Os minérios não são produtos que se encaixam nesta relação, eles são de utilidade pública, são matérias-primas para todas as indústrias e fundamentais para o agronegócio e para a transição energética, portanto, não podem estar sujeitos ao imposto seletivo” afirma Raul Jungmann.

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