UFSB integrou missão oficial brasileira na Rússia e conta com novas parcerias no âmbito do BRICS







A reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), professora Joana Angélica Guimarães da Luz, integrou a comitiva brasileira de reitoras e reitores em agenda oficial da Missão Acadêmica e Científica Brasileira à Rússia, entre 14 e 21 de outubro. O roteiro inclui 30 instituições brasileiras e foi organizado em conjunto pela Embaixada Brasileira na Rússia e instituições russas e ocorreu de forma concomitante ao Fórum dos BRICS, realizado em Kazan. A gestora foi acompanhada do assessor de Relações Internacionais da UFSB, professor Gabriel Nascimento dos Santos.

A agenda reuniu 38 representantes de mais de 20 das principais instituições de ensino e pesquisa do Brasil - entre os quais 11 reitores e cinco pró-reitores, além do Secretário de Educação Superior do MEC, Alexandre Brasil. O programa incluíu visitas a sete universidades russas, dentre elas a prestigiosa Universidade Estatal de Moscou Lomonosov.

A agenda consistiu na participação no I Encontro Brasil-Rússia-Belarus de Cooperação Acadêmica e em Ciência, Tecnologia e Inovação, na XVI Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do BRICS e no Congresso Científico e Educacional do BRICS sobre Ecologia e Mudanças Climáticas, em Moscou, na Rússia, em uma missão oficial que iniciou no dia 14 de outubro e se encerrou no dia 21 do mesmo mês. A agenda foi pensada e desenvolvida tendo o multilateralismo e a cooperação acadêmica como eixos. Conforme o professor Gabriel, o ponto inicial da agenda consistiu recepção aos visitantes na Embaixada Brasileira, reunindo autoridades russas e brasileiras.



Fóruns de reitores

No dia 16 de outubro, a Universidade Estatal de Moscou Lomonosov sediou o primeiro Fórum de Reitores de Universidades da Rússia, do Brasil e da Belarus. Um dos principais resultados do evento foi a assinatura do memorando para o estabelecimento da Liga das Universidades Belarussas, Brasileiras e Russas, que deverá organizar reuniões anuais, alternadamente, nos três países, assegurando desta forma a continuidade da cooperação acadêmica trilateral. Além disso, prevê o funcionamento de um secretariado executivo nacional em cada país, a fim de fazer circular documentos e comunicações, entre outras funções administrativas.

Entre os objetivos do projeto, destacam-se: ampliação do conhecimento mútuo sobre as características dos meios acadêmicos, científicos e tecnológicos dos três países; identificação de áreas e projetos prioritários; geração de oportunidades para a celebração de acordos e convênios; facilitação de contatos e intercâmbio entre estudantes, professores e pesquisadores; e criação de rede de comunicação permanente entre os gestores universitários e de pesquisa e inovação.

Já nos dias 17 e 18 de outubro, a comitiva brasileira participou do Fórum de Reitores das Universidades do BRICS.



Visita a instituições de pesquisa e ensino e Congresso do BRICS

Na sequência, ocorreu a visita da delegação brasileira a diferentes instituições de pesquisa e ensino superior russas, como o Instituto Russo de Economia, a Universidade Estatal de Moscou Lomonosov e a Escola de Relações Internacionais da Rússia. No dia seguinte, os reitores brasileiros visitaram instituições com as quais o diálogo estava mais avançado, ocasião em que a reitora Joana Angélica assinou um acordo de cooperação com o Centro de Pesquisa Nuclear, em Dubna. A atividade seguinte foi o fórum de reitores do Brasil, Bielorrúsia e Rússia, que reuniu dirigentes universitários para intercâmbio e estabelecimento dos contatos iniciais.

Na continuidade da agenda, entre os dias 20 e 21 a delegação de dirigentes universitários brasileiros acompanhou a abertura e o andamento do Fórum dos BRICS, incluindo representações dos cinco países fundadores do bloco econômico (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na sigla em inglês) e os novos países membros, aprovados em 2023: Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. Conforme o assessor de Relações Internacionais, Gabriel Nascimento dos Santos, a edição do Fórum dos BRICS reafirmou um mundo mais plural e multipolar. "Os países têm discutido, entre muitas coisas, a colaboração conjunta e multilateral para problemas conjuntos das universidades, a expansão dos interesses mútuos, dos interesses multilaterais. Se quer uma multilateralidade que garanta tanto o trânsito quanto a possibilidade de reafirmar a produção conjunta das universidades, que a universidade ofereça soluções necessárias para problemas globais e locais", detalha o professor. Dentre os objetivos pensados, está o de criar um sistema de ranqueamento das universidades dos BRICS, em contraposição ao ranqueamento gerido no norte global.

A professora Joana participou como painelista na mesa sobre Mudanças Climáticas e Gestão Hídrica, no Congresso Científico e Educacional do BRICS, no Centro de Educação, Pesquisa e Inovação Sirius em Sochi, ao lado de pesquisadores de países do bloco, no dia 20. A atividade reuniu pesquisadores e gestores de diferentes áreas relacionadas ao clima e à gestão de águas, em uma oportunidade de trocas de informações e estabelecimento de contatos, além da exposição de dados científicos sobre o tema.

A reitora da UFSB, professora Joana Angélica, reafirmou em diversos momentos a necessidade de se produzir, nesse mundo multilateralizado, soluções impossíveis que adequem, por exemplo, os interesses de desenvolvimento e os problemas sociais. O assessor de Relações Internacionais relata que a professora Joana manteve diversos contatos com dirigentes de instituições russas, com foco em desenvolvimento de pesquisas estratégicas bilaterais e multilaterais, com vetores como o de sustentabilidade, biodiversidade, oceanos e rios.
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